O plano de cessar-fogo de Donald Trump para Gaza avança, mas desafios persistem. A fase dois inclui desarmamento do Hamas e governança pós-guerra.
O plano de cessar-fogo proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para Gaza está prestes a entrar em uma nova fase nas próximas semanas. No entanto, aspectos essenciais do acordo ainda não estão definidos, enquanto Israel intensifica seu controle militar sobre a região devastada.
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A primeira fase do plano de 20 pontos está quase concluída, com a devolução de todos os reféns mortos, exceto um, e incertezas sobre a capacidade do Hamas de localizar o último refém.
Com a crescente preocupação internacional sobre a possibilidade de colapso do cessar-fogo de dois meses, Trump está determinado a avançar para a fase dois do acordo, que é mais complexa. Essa fase inclui o desarmamento do Hamas, o início da reconstrução e a implementação de uma governança pós-guerra.
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O novo plano para administrar Gaza prevê a criação de um conselho liderado por Trump e outros líderes globais, que, segundo o presidente, será um dos mais significativos já estabelecidos.
Apesar do apoio público ao acordo em setembro, persistem diferenças notáveis entre os EUA e Israel. Enquanto os EUA buscam avançar rapidamente para a próxima fase, Israel condiciona os principais passos ao retorno do último refém e resiste a esforços americanos para resolver impasses com um grupo isolado de militantes do Hamas no sul de Gaza.
Uma autoridade israelense comentou que muitos aspectos da segunda fase estão abertos a interpretações, o que pode ser tanto positivo quanto negativo na dinâmica do Oriente Médio.
O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, juntamente com representantes do Egito e Noruega, expressou preocupações sobre o risco de colapso do cessar-fogo, enquanto mediadores tentam avançar nas negociações. Al-Thani afirmou que, até o momento, o que foi alcançado é apenas uma pausa e não uma solução definitiva.
Desde o início do cessar-fogo em outubro, quase 400 palestinos foram mortos pelo exército israelense, de acordo com o Ministério da Saúde Palestino. O exército israelense, por sua vez, relatou a morte de três de seus soldados por militantes do Hamas nesse mesmo período.
Organizações de direitos humanos acusaram Israel de não cumprir compromissos relacionados ao fluxo de ajuda humanitária, bloqueando a entrada de suprimentos essenciais.
O chefe militar israelense, tenente-general Eyal Zamir, afirmou que as forças israelenses permanecerão em uma nova linha de fronteira dentro de Gaza, que serve como uma linha defensiva. Embora Israel ocupe mais da metade de Gaza, a retirada total está prevista para fases futuras do acordo, que proíbe a ocupação permanente do enclave.
Os EUA estão trabalhando para resolver a disputa sobre a passagem de Rafah entre Gaza e Egito, que deveria ser reaberta como parte do cessar-fogo. Israel anunciou que a passagem permanecerá fechada até nova ordem, gerando indignação entre nações árabes e muçulmanas.
Ministros do governo de Netanyahu têm defendido a saída “voluntária” dos residentes de Gaza, o que levanta preocupações sobre o futuro da população local.
O Secretário de Estado Marco Rubio deve discutir a questão com seu homólogo israelense, enquanto a falta de progresso na próxima fase é atribuída à desconfiança entre Israel e Hamas. A desmilitarização de Gaza é a principal exigência de Israel, que busca o desmantelamento das armas do Hamas e a destruição de sua infraestrutura.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que incorpora o plano de 20 pontos de Trump, incluindo a criação de uma força multinacional para Gaza. No entanto, até agora, nenhum país se comprometeu a enviar tropas. A administração Trump espera que essa força seja implantada no início do próximo ano, mas a participação de países ainda é incerta.
Enquanto isso, Israel continuará a apoiar milícias locais anti-Hamas em Gaza, mesmo após a morte de líderes proeminentes do grupo. Sem uma perspectiva clara para o desarmamento do Hamas ou um mecanismo de supervisão internacional, a segunda fase do plano se concentrará nos esforços de reconstrução em Gaza.
A administração Trump está focada em finalizar a governança pós-guerra e a formação de um Conselho de Paz para supervisionar o desenvolvimento da região.
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.