Biden defende medida como estratégia para proteger empregos e cadeias de suprimentos americanas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas sobre importações de madeira e produtos de madeira, em uma estratégia para fortalecer a manufatura doméstica. A medida representa um novo capítulo nas políticas comerciais do governo.
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As tarifas incluem 10% sobre importações de madeira macia e painéis de madeira, além de 25% sobre armários de cozinha, penteadeiras e produtos estofados de madeira. Essas taxas entrarão em vigor a partir de 14 de outubro, com aumentos adicionais previstos para 1º de janeiro do próximo ano.
A imposição das tarifas se baseia na Seção 232 da Lei de Expansão do Comércio, que concede ao presidente o poder de aplicar impostos em nome da segurança nacional. O governo argumenta que essa base legal pode garantir a sustentabilidade da medida, especialmente em face de questionamentos na Suprema Corte sobre tarifas recíprocas.
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Exceções foram estabelecidas para parceiros comerciais, com taxas reduzidas para o Reino Unido (até 10%), União Europeia e Japão (até 15%). Essas exceções visam equilibrar os impactos da medida e proteger acordos comerciais existentes.
Setores como construção e varejo expressaram preocupações sobre os possíveis impactos negativos das tarifas. Varejistas de móveis, como Wayfair e Arhaus, podem enfrentar dificuldades, enquanto fabricantes domésticos, como Ethan Allen e La-Z-Boy, podem se beneficiar.
Construtoras alertam que a medida pode aumentar o custo de novas habitações, enquanto grupos industriais destacam a complexidade de substituir a cadeia global de suprimentos do setor de móveis. A coalizão Furniture for America argumenta que as tarifas não reabrirão fábricas inexistentes nem alterarão tendências globais do setor.
A Casa Branca justifica a medida, afirmando que os EUA são importadores líquidos de madeira desde 2016 e que algumas importações seriam beneficiadas por subsídios estatais e práticas predatórias. Essas tarifas fazem parte de um conjunto mais amplo de medidas setoriais implementadas pelo governo Trump, que já incluem aço, alumínio e investigações em andamento sobre painéis solares, aeronaves comerciais e outros produtos.
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.