Trump analisa a possibilidade de reunião com Kim Jong Un e surpreende o líder da Coreia do Sul

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que espera se reunir novamente com o líder da Coreia do Norte, ao mesmo tempo em que promoveu um ataque contra o líder da Coreia do Sul logo antes de recebê-lo.

Trump, que teve encontros com Kim Jong Un três vezes durante seu primeiro mandato, elogiou a relação e afirmou que o conhecia “melhor que ninguém, quase, exceto sua irmã”.

“Eu o verei um dia. Estou ansioso para vê-lo. Ele foi muito bom comigo”, declarou Trump aos jornalistas.

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O republicano declarou que a Coreia do Norte tem realizado menos lançamentos de foguetes desde que retomou o diálogo com a Casa Branca em 20 de janeiro.

Trump já afirmou que ele e Kim “se apaixonaram”. Seus encontros diminuíram as tensões, porém não resultaram em um acordo permanente.

Desde então, Kim tem estabelecido um relacionamento próximo com a Rússia, enviando tropas para combater a Ucrânia e se recusando a desmantelar o programa nuclear da Coreia do Norte.

Esvaziamento ou transformação.

Antes dessas declarações, Trump afirmou nesta segunda-feira que na Coreia do Sul se apresentava um “expurgo ou revolução”, horas antes de receber o presidente Lee Jae Myung na Casa Branca.

“O que está ocorrendo na Coreia do Sul parece um Golpe ou uma Revolução. Não podemos permitir isso e fazer negócios lá”, publicou Trump, sem especificar a que se referia.

Advogados coreanos solicitaram a detenção do ex-primeiro-ministro Han Duck-soo, acusando-o de auxiliar o ex-presidente Yoon Suk Yeol na proposição de um estado de emergência em dezembro.

Yoon foi deposto em abril após tentar subverter o poder civil em 3 de dezembro de 2024. Ele enviou militares armados ao Parlamento, e permanece detido, juntamente com sua esposa.

Lee, por sua vez, é um progressista que apoia o diálogo com a Coreia do Norte, um possível ponto em comum com Trump.

Embora Trump não tenha inicialmente detalhado a referência de sua publicação nas redes sociais, posteriormente, ao ser questionado por um jornalista na Casa Branca, declarou: “Entendo que houve invasões em igrejas nos últimos dias, invasões muito violentas perpetradas pelo novo governo na Coreia do Sul, que inclusive penetraram em nossa base militar e obtiveram informações. Provavelmente não deveriam ter agido dessa forma”.

“Ouvi relatos negativos. Não sei se são verdadeiros ou não. Vou verificar isso”, declarou. Afirmou que esperava encontrar Lee, mas complementou: “Não permitiremos que isso aconteça”.

Trump não forneceu mais esclarecimentos, porém no mês passado a Coreia do Sul conduziu buscas em locais ligados à Igreja da Unificação, o movimento religioso frequentemente chamado de forma depreciativa “Moonies”, do seu fundador já falecido Sun Myung Moon, que foi um defensor veemente de causas conservadoras tanto na Coreia do Sul quanto nos Estados Unidos.

O presidente sul-coreano será recebido por Trump, que posteriormente o receberá na Sala Oval, onde seu anfitrião já criticou publicamente os presidentes ucraniano e sul-africano.

O novo presidente viaja a Washington com o objetivo de negociar assuntos comerciais e a abordagem a ser tomada em relação à Coreia do Norte, onde o líder Kim supervisionou, no sábado, testes de mísseis de defesa aérea, de acordo com a agência oficial KCNA.

A análise deve considerar de forma mais abrangente a parceria militar entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, com 28.500 militares americanos em regime de destacamento.

Trump critica frequentemente os gastos que os Estados Unidos têm para assegurar a segurança de seus aliados.

Fonte por: Carta Capital