Presidente Trump Aiona em Ação Judicial Contra a BBC
O presidente dos Estados Unidos, do Partido Republicano, deu início a uma ação judicial contra a emissora britânica BBC, buscando uma indenização que pode chegar a US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 54 bilhões). A alegação central da ação, movida na Justiça Federal de Miami na segunda-feira, 15 de dezembro de 2025, é de difamação.
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A acusação é que a BBC alterou significativamente trechos de um discurso proferido em 6 de janeiro de 2021.
Segundo o processo, a emissora britânica teria distorcido o sentido da fala do presidente, levando a interpretação de que ele incitou seus apoiadores a se dirigirem ao Capitólio em Washington. A acusação se baseia na percepção de que a BBC selecionou e combinou partes distintas do discurso – uma em que Trump solicitava que os manifestantes marchassem até o Capitólio e outra em que utilizava a expressão “lutar com todas as forças” – enquanto omitia um trecho em que defendia a realização de protestos pacíficos.
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O presidente Trump argumenta que essa edição criou uma impressão equivocada, sugerindo um chamado direto à violência. A ação judicial alega que a BBC violou leis da Flórida que proíbem práticas enganosas e desleais, buscando US$ 5 bilhões (aproximadamente R$ 27 bilhões) por cada um dos dois pontos levantados na ação. O presidente também ressalta que, apesar das desculpas da emissora, não houve demonstração de “remorso real” ou mudanças institucionais para evitar futuros “abusos jornalísticos”.
Resposta da BBC e Reações
A BBC reconheceu ter cometido um erro de julgamento, admitindo que a edição do trecho do discurso levou a uma interpretação equivocada. No entanto, a emissora afirma que não há base legal para a ação judicial e mantém essa posição após a apresentação da ação.
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Em resposta à controvérsia, o diretor-geral, Tim Davie, e a chefe de reportagem, Deborah Turness, anunciaram sua saída da BBC.
O ministro britânico Stephen Kinnock defendeu a postura da BBC, afirmando que a emissora agiu corretamente ao se desculpar, mas também está justificada ao se opor à ação judicial. “É correto que a BBC se mantenha firme nesse ponto”, declarou em entrevista à Sky News.
