Trump declarou à revista “Time” que Israel perderá o apoio dos EUA caso ocupe o território palestino. Confira mais no Poder360.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), declarou em entrevista à revista Time, divulgada nesta quinta-feira (23.out.2025), que teve que “parar” o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), para que o cessar-fogo na Faixa de Gaza fosse implementado. O acordo começou a valer em 13 de outubro.
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Trump afirmou que todos estavam “cansados” dos ataques dos EUA e de Israel, pedindo a Netanyahu que não “lutasse contra o mundo”. Segundo ele, líderes internacionais estavam se voltando contra o governo israelense, que, segundo o presidente, é “um lugar muito pequeno no mundo”.
Na entrevista, Trump mencionou que o ataque israelense ao Qatar, que visava dirigentes do Hamas, foi um “erro tático” de Netanyahu. No entanto, ele acredita que isso ajudou a unir os países árabes em torno do plano de paz elaborado com o Egito e a Turquia.
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“Eu o parei [Netanyahu], porque ele poderia ter continuado por anos. Quando ele cometeu aquele erro tático no Qatar, isso foi tão desarticulado que fez com que todos se unissem”, afirmou Trump.
Trump reiterou seu apoio a Netanyahu enquanto a trégua em Gaza avança, mas alertou sobre as ações de Israel na Cisjordânia, que é controlada pela Autoridade Palestina. Ele afirmou ter proibido a anexação da região e ameaçou cortar o apoio dos EUA a Israel caso essa diretriz fosse descumprida.
“Não vai acontecer [a anexação da Cisjordânia]. Eu dei minha palavra aos países árabes. Israel perderia todo o apoio dos Estados Unidos se isso acontecesse”, disse o presidente.
O acordo de paz, elaborado por Estados Unidos, Qatar, Egito e Turquia, prevê a criação de um novo Estado Palestino após a reconstrução da “nova Gaza”. O plano norte-americano sugere que o território será governado por palestinos tecnocratas, sem a influência do Hamas.
Questionado sobre a possibilidade de Mahmoud Abbas (Fatah) liderar o futuro Estado, Trump expressou ceticismo, afirmando que ainda é cedo para opinar sobre o futuro da Palestina. Outro nome cogitado é Marwan Barghouti, ex-líder do Fatah, que está preso em Israel há mais de 20 anos.
Trump também mencionou que o cessar-fogo em Gaza foi facilitado pelo enfraquecimento do Irã após o ataque americano às instalações nucleares do país em junho. Ele afirmou que o regime iraniano “luta para sobreviver” e não para desenvolver armas nucleares.
Sobre a Arábia Saudita, Trump acredita que o país avançará na normalização das relações diplomáticas com Israel, prevendo que a monarquia saudita deve aderir aos Acordos de Abraão até o final deste ano.
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Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.