Trump acusa a China de ameaçar com tarifas de 200% caso não permita a exportação de ímãs de terras raras

O presidente Donald Trump ameaçou a China com a imposição de tarifas de aproximadamente 200% sobre produtos chineses que entrassem nos Estados Unidos, caso Pequim não aumentasse suas exportações de terras raras.

“Eles têm que nos dar isso”, afirmou Trump. “Se não nos derem, então teremos de cobrar uma tarifa de 200% ou algo assim. Mas não acho que vamos ter problemas com isso”, acrescentou o magnata americano na presença de seu contraparte sul-coreano, Lee Jae-myung, durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca.

A China lidera a produção global de terras raras, componentes cruciais para a fabricação de itens essenciais nas indústrias automotiva, eletrônica e de defesa.

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Contudo, em abril, Pequim concedeu licenças de exportação para esses materiais estratégicos, uma decisão vista como retaliação às tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Pequim e Washington iniciaram, então, uma verdadeira guerra comercial, respondendo cada um aos aumentos tarifários do outro, até atingirem valores de três dígitos em ambos os lados.

Desde então, as negociações entre as duas maiores potências mundiais possibilitaram diminuir as tensões, e o governo chinês assumiu o compromisso de acelerar a liberação de licenças para diversas empresas americanas.

Acredito que possuímos uma relação excelente com a China, conversei recentemente com o presidente Xi [Jinping] e, em algum momento do ano, deveríamos visitar a China.

Ele acrescentou: “Eles têm algumas cartas. Nós temos cartas incríveis, mas não quero jogá-las. Se eu as jogasse, destruiria a China”.

Em três ocasiões nos últimos meses, representantes dos Estados Unidos e da China se reuniram para tratar de uma série de questões relacionadas aos seus acordos comerciais.

Após essas reuniões, ambos os países chegaram a um acordo, diminuindo temporariamente as tarifas para 30% por parte dos Estados Unidos e para 10% por parte da China. O acordo tinha validade por um período de 90 dias, que já foi prorrogado pela segunda vez até o próximo novembro.

Washington, por sua vez, já manifestou certo descontentamento, acusando a China de atrasar intencionalmente o processo de concessão de licenças para a exportação de terras raras.

Fonte por: Carta Capital