Tropas israelenses varrem centro de assistência, causando a morte de pelo menos 19 pessoas em Gaza

De acordo com uma fonte da área da saúde, um grande número de indivíduos ficaram confinados em um local restrito e soterrados.

16/07/2025 7:39

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Tropas israelenses varrem centro de assistência, causando a morte de pelo menos 19 pessoas em Gaza
(Imagem de reprodução da internet).

Pelo menos 20 palestinos morreram nesta quarta-feira (16) em um local de distribuição de assistência gerenciado pela GHF (Fundação Humanitária de Gaza), conforme declarado pelo grupo, que afirmou que a ocorrência foi resultado de uma onda de protestos provocada por indivíduos armados.

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A GHF, com apoio de Israel, alegou que 19 indivíduos foram esmagados por uma multidão e um morreu após ter sido ferido com uma faca durante uma manifestação em um de seus locais em Khan Yunis, no sul de Gaza.

A fundação afirmou em comunicado que existem razões convincentes para acreditar que indivíduos da multidão – armados e ligados ao Hamas – incitaram intencionalmente a violência.

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Não houve comentários imediatos do Hamas.

As autoridades de saúde palestinas informaram à agência de notícias Reuters que 21 pessoas faleceram por asfixia no local. Um médico afirmou que diversas pessoas ficaram comprimidas em um espaço reduzido e foram esmagadas.

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Na terça-feira (15), a agência de direitos humanos da ONU em Genebra comunicou o registro de pelo menos 875 assassinatos nas últimas seis semanas nas áreas próximas a postos de ajuda humanitária e convoyes de alimentos em Gaza, a maioria deles em pontos de distribuição do GHF.

A grande parte dessas mortes ocorreu devido a disparos, segundo relatos de moradores da região, que apontavam a responsabilidade do exército israelense.

O Exército declarou que civis palestinos ficaram feridos próximos a pontos de distribuição de assistência humanitária, indicando que as tropas israelenses receberam novas orientações com base em “lições aprendidas”.

A GHF emprega empresas de segurança e logística americanas para fornecer suprimentos a Gaza, desconsiderando o sistema conduzido pela ONU, que, segundo Israel, possibilitou que militantes do Hamas interceptassem mercadorias de ajuda humanitária destinadas a civis. O grupo rejeita a acusação.

A ONU foi considerada uma organização insegura e uma violação dos padrões de imparcialidade humanitária — uma alegação que a fundação negou.

Amjad Al-Shawa, diretor da Rede de ONGs Palestinas, acusou o GHF na quarta-feira (16) de má gestão, alegando que a ausência de controle de multidões e a incapacidade de defender os princípios humanitários resultaram em caos e na morte de civis desamparados.

Ele afirmou à Reuters que as pessoas que se concentram em grandes grupos (nos locais do GHF) estão famintas e exaustas, e ficam comprimidas em espaços estreitos, devido à falta de assistência e à ausência de organização e disciplina por parte do GHF.

O conflito em Gaza, iniciado em outubro de 2023 com um ataque do Hamas contra Israel, causou destruição em larga escala na região, resultou no deslocamento da maioria da população do território e gerou fome e falta de recursos generalizadas.

Fonte por: CNN Brasil

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.