Tropas israelenses exigem que moradores palestinos abandonem a cidade de Gaza

A ação se deve ao avanço da ofensiva israelense no território; o exército afirma ter assegurado alimentação, assistência médica e abrigos para os morado…

06/09/2025 11:49

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Tropas israelenses exigem que moradores palestinos abandonem a cidade de Gaza
(Imagem de reprodução da internet).

O exército israelense declarou, no sábado (6), que os palestinos na Cidade de Gaza deveriam se deslocar para o sul da Faixa de Gaza, conforme as forças avançam para o interior da maior área urbana do território.

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O porta-voz militar israelense Avichay Adraee escreveu no X que os moradores deveriam deixar a cidade e ir para a área costeira de Khan Younis, assegurando aos que fugissem que receberiam comida, assistência médica e abrigo ali. A área designada era uma “zona humanitária”, acrescentou Adraee.

As tropas israelenses têm conduzido uma ofensiva nos subúrbios da cidade, no norte do país, há semanas após o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ter ordenado o cerco total da cidade.

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Netanyahu declara que a Cidade de Gaza representa um bastião do Hamas e que sua tomada é imprescindível para combater os membros do grupo, cujos ataques a Israel em outubro de 2023 iniciaram o conflito.

A ofensiva coloca em risco o deslocamento de centenas de palestinos que residem no local, após quase dois anos de combates. Anteriormente, aproximadamente um milhão de pessoas, representando quase metade da população de Gaza, habitavam a cidade.

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Na quinta-feira (5), as forças militares relataram ter domínio sobre aproximadamente 75% do território da Faixa de Gaza.

Acordos e negociações

Segundo dados de órgãos de saúde locais, mais de 64 mil palestinos morreram em Gaza desde o início do conflito, com grande parte do território reduzida a escombros e a população enfrentando uma grave crise humanitária.

Há também crescentes apelos dentro de Israel, liderados por familiares de reféns e seus apoiadores, para encerrar a guerra em um acordo diplomático que assegure a libertação dos 48 reféns restantes.

As autoridades israelenses estimam que 20 dos sequestrados estejam vivos.

Netanyahu está buscando um acordo que envolva a libertação imediata de todos os reféns e a entrega do Hamas.

Militares israelenses relatam ter eliminado diversos líderes do Hamas e um grande número de combatentes, diminuindo a organização palestina a uma força de guerrilha.

O Hamas propôs a libertação de alguns reféns em troca de um cessar-fogo temporário, como nos termos anteriormente debatidos em julho, que não levaram ao sucesso das negociações mediadas pelos Estados Unidos e pelos países árabes.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na sexta-feira (6) que Washington estava em negociações “muito profundas” com os militantes palestinos.

O Hamas, que administra Gaza há quase duas décadas, atualmente detém o controle de apenas algumas áreas do território, tem reiterado que liberaria todos os reféns se Israel cessasse o conflito e removesse suas tropas de Gaza.

A maioria dos prisioneiros liberados obteve sua libertação por meio de negociações diplomáticas, com mediação dos Estados Unidos e países árabes. Israel e Hamas se acusam mutuamente de má-fé nas negociações desde o fracasso das últimas negociações em julho.

O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou na sexta-feira (5) que as operações militares em Gaza se intensificariam até que o Hamas aceitasse as condições de Israel para o encerramento da guerra: a libertação dos reféns e o desarmamento. Em contrapartida, o grupo seria eliminado, segundo ele.

Fonte por: CNN Brasil

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.