Tribunal julga improcedente recurso de Conor McGregor em caso de agressão sexual

O tribunal de Dublin negou nesta quinta-feira 31 o pedido de reconsideração de Conor McGregor, lutador de MMA de renome internacional, após sua condenação em um caso de estupro julgado em esfera civil em novembro.

A corte de recurso, integrada por três juízes, recusou todos os argumentos apresentados por McGregor, de 36 anos, que notificou sobre novos elementos em março para iniciar o processo de recurso.

Os advogados do ex-campeão, que permaneceu ausente no veredito desta quinta-feira, argumentaram que houve falhas no procedimento durante a investigação e o julgamento inicial.

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Em novembro de 2024, o tribunal superior de Dublin sentenciou o atleta a pagar cerca de 248 mil euros (aproximadamente 1,58 milhões de reais) a título de indenização por danos e prejuízos a Nikita Hand, de 35 anos.

A mulher denunciou o ataque de McGregor, que teria ocorrido em 2018 em um hotel da capital irlandesa, e a investigação criminal não foi concluída.

Na quinta-feira, Hand afirmou aos jornalistas que o processo na apelação havia “retraumatizado” a situação, mas que agora poderia “finalmente virar a página e tentar se recuperar”.

Desejo a todas as sobreviventes que sei o quão difícil é, mas peço que não permaneçam em silêncio, vocês merecem ser ouvidas, merecem obter justiça.

Após a decisão inicial do tribunal, McGregor foi condenado a arcar integralmente com os custos legais de Hand, que totalizaram 1,3 milhão de euros (aproximadamente 83 milhões de reais).

Conhecido como “The Notorious”, McGregor é uma das maiores estrelas mundiais do Ultimate Fighting Championship (UFC), a liga mais famosa e rentável das MMA.

O atleta irlandês também foi processado na justiça civil federal americana por uma mulher que o acusou de tê-la agredido sexualmente em Miami, em junho de 2023.

O ativista, figura marcante do movimento contra a imigração na Irlanda, recebeu homenagens em março na Casa Branca por ocasião do Dia de São Patrício, padroeiro dos irlandeses, em 17 de março, por determinação de Donald Trump.

Ele é reconhecido por seu comportamento agressivo e provocador, e também por suas afirmações contrárias à imigração.

Em março, o atleta manifestou sua intenção de concorrer às eleições para a Presidência da Irlanda, previstas para ocorrerem em meados de novembro.

Uma candidatura mais cerimonial do que executiva, e que dependerá de superar uma série de entraves.

Fonte por: Carta Capital