O lutador de artes marciais mistas Conor McGregor viu, nesta quinta-feira (31), negado seu recurso para anular a decisão de um júri que o condenava a indenizar uma mulher que o acusou de estupro. O Tribunal de Apelações da Irlanda rejeitou o recurso integralmente.
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Nikita Hand, autora do processo, afirmou que Conor McGregor a violou sexualmente em 9 de dezembro de 2018. Em 2023, um júri decidiu que o ex-lutador pagasse a ela cerca de 250 mil euros (equivalente a R$ 1,6 milhão) em compensação.
McGregor, com 36 anos, contestou a acusação e declarou que manteve contato totalmente consensual com Hand. Ele também negou ser responsável pelos hematomas identificados na vítima.
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Na audiência de recurso, ocorrida no início deste mês, os advogados de McGregor sustentaram que o juiz cometeu erro ao determinar que ele “agrediu”, em vez de “agrediu sexualmente” a vítima.
O juiz Brian O’Moore declarou, na quinta-feira, que o Tribunal de Apelação não apresentou dúvidas de que o impacto principal das orientações fornecidas pelo juiz no julgamento foi deixar claro ao júri que a acusação central feita por Hand contra McGregor era de estupro.
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A defesa também alegou que o juiz não deveria ter autorizado que, durante o contra-interrogatório, fossem mencionadas as respostas de McGregor – ou a ausência delas – na entrevista policial, considerando que ele se limitou a dizer “sem comentários”. Esse argumento também foi rejeitado.
Após a decisão, Nikita Hand abraçou várias pessoas ao seu redor no tribunal.
“A todos os sobreviventes, sei o quão difícil é, mas por favor, não se calem… Vocês merecem ser ouvidos e também merecem justiça. Hoje, finalmente posso tentar seguir em frente e começar a me curar”, declarou Hand em um pronunciamento à fora do tribunal.
Hand informou à Suprema Corte, em novembro, que ela e uma amiga entraram em contato com McGregor — a quem já conhecia — após uma festa de fim de ano do trabalho. Ela afirmou que McGregor as levou até uma festa em uma cobertura de hotel em Dublin, onde houve consumo de álcool e drogas.
McGregor, ausente do tribunal nesta quinta-feira, conforme declarado no depoimento, a conduziu a um quarto na cobertura e a agrediu sexualmente.
O advogado de Hand informou ao júri que, após o encaminhamento da paciente a uma unidade de atendimento a vítimas de agressão sexual no dia subsequente ao suposto ataque, o médico responsável demonstrou grande preocupação com seu estado e ordenou o registro fotográfico das lesões.
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Fonte por: CNN Brasil
