A juíza dos Estados Unidos revogou, na quarta-feira 3, a medida que congelava os fundos da Universidade de Harvard, que havia sido acusada de antissemitismo e parcialidade.
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A juíza federal Allison Burroughs, de Boston, revogou e anulou as decisões da administração nesse sentido, considerando-as uma violação da Primeira Emenda da Constituição, em referência às ordens emitidas a partir de 14 de abril de 2025.
Ao retornar à Casa Branca, em janeiro, Trump tem acusado a renomada universidade americana de ser um ambiente propício à ideologia “woke”, um termo depreciativo utilizado pela direita para descrever políticas de promoção da diversidade.
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Trump também acusa a Harvard de não proteger adequadamente seus estudantes judeus ou israelenses durante os protestos no campus que exigiam um cessar-fogo em Gaza.
Em retaliação, o governo republicano removeu cerca de 2,6 bilhões de dólares (14,2 bilhões de reais, à cotação atual) em subsídios federais destinados à Harvard, incluindo os referentes ao setor de saúde, e cancelou sua certificação no sistema que permite a estrangeiros estudar nos Estados Unidos.
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A juíza se pronunciou em resposta a uma ação protocolada pela universidade.
É evidente, mesmo com base unicamente nas próprias admissões de Harvard, que a universidade foi impactada pelo antissemitismo nos últimos anos e poderia (e deveria) ter enfrentado melhor o problema.
“No entanto, ressaltou que há pouca relação entre a pesquisa impactada pela suspensão dos auxílios e o antissemitismo”.
A juíza, indicada pela ex-presidente democrata Barack Obama, declarou que as provas que examinou indicam que Trump “utilizou o antissemitismo como pretexto para um ataque seletivo e ideológico contra as universidades mais importantes do país”.
O congelamento do financiamento para Harvard levou a instituição a suspender contratações e adiar projetos de pesquisa ambiciosos, principalmente nas áreas de saúde pública e medicina. Analistas advertiram que essas interrupções ameaçam a vida de cidadãos norte-americanos.
Fonte por: Carta Capital