Um juiz federal americano julgou procedente um recurso contra uma legislação do Texas que exigia a exposição dos Dez Mandamentos em todas as salas de aula das escolas públicas do estado.
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O juiz Fred Biery determinou uma providência liminar para evitar a aplicação da lei, cuja entrada em vigor estava prevista para 1º de setembro e que foi questionada na Justiça por grupos com diversas convicções.
A lei, designada como Projeto de Lei 10 do Senado do Texas, é inconstitucional, “assume partido, de forma inadmissível, em questões teológicas e favorece oficialmente crenças cristãs em detrimento de outras”, escreveu Biery na decisão, de 55 páginas.
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É provável que a exposição transmita uma mensagem de exclusão e de carga espiritual aos filhos dos demandantes que não subscrevem à versão aprovada dos Dez Mandamentos, levando-os a pensar que “não pertencem à sua comunidade escolar”.
A rabina Mara Nathan, uma das autoras das queixas, celebrou a decisão. “As crenças religiosas de meninos e meninas devem ser promovidas por seus pais e por suas comunidades, não por políticos e escolas públicas”, declarou.
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Rachel Laser, presidente da Associação Americanos Unidos pela Separação Igreja-Estado, também comemorou a decisão, que transmite uma mensagem robusta que ecoará por todo o país sobre a liberdade de crença de cada estudante em nossas escolas públicas.
Em novembro de 2024, outro juiz federal determinou a suspensão de uma lei na Louisiana que impedia a exibição dos Dez Mandamentos em todas as escolas públicas do estado, devido à sua natureza conservadora localizada no sul dos Estados Unidos.
O juiz John deGravelles declarou que a norma é inconstitucional por infringir a Primeira Emenda.
A separação entre Igreja e Estado é um princípio fundamental dos Estados Unidos, e a Constituição proíbe o estabelecimento de uma religião nacional ou a preferência por uma crença em detrimento de outras.
Fonte por: Carta Capital