Tribunal determina a liberdade dos proprietários da Camisaria Colombo em operação de desvio de recursos

Paulo Jabour Maluf e Álvaro Jabour Maluf foram detidos na quinta-feira (21), sob suspeita de envolvimento em um esquema bancário de grande porte.

25/08/2025 19:52

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(Imagem de reprodução da internet).

Paulo Jabur Maluf e Álvaro Maluf Júnior foram libertados pela Justiça nesta segunda-feira (25). Ambos são suspeitos de integrar um esquema de fraude bancária milionária e ocultação de patrimônio envolvendo a Camisaria Colombo.

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Paulo e Álvaro Maluf foram presos pela Polícia Civil na quinta-feira passada (21), durante a “Operação Fractal”. Mais de 20 policiais da Delegacia de Crimes Cibernéticos cumpriram mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em São Paulo, Birigui, Arara e Brasília.

A defesa de Paulo alegou ter conhecimento da ordem de prisão e informou que o suspeito se entregou voluntariamente à polícia para prestar esclarecimentos sobre as transações que levaram à adoção da medida.

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O advogado Daniel Bialski declarou ter plena confiança na Justiça e uma convicção firme de que a inocência será comprovada, inclusive na fase policial, visando dissipar quaisquer dúvidas relacionadas ao alegado desacordo comercial.

Em nota, o advogado de Álvaro afirmou que ele não teve qualquer envolvimento nos fatos que estão sendo investigados. “A defesa continuará a adotar todas as medidas jurídicas necessárias para comprovar, de forma definitiva, sua inocência”, completou.

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Análise do Caso

Investigações revelaram que os suspeitos aproveitaram uma falha no sistema da instituição financeira. A conta possuía 5 milhões de reais e, ao efetuar transferências para outros indivíduos, o valor não era descontado na origem, possibilitando a “multiplicação” do capital.

A Colombo contratou uma empresa especializada na gestão de pagamentos. Os donos da empresa têxtil empregavam essas credenciais para efetuar diversas transações em um período curto. O dinheiro era direcionado corretamente, porém o banco de origem não registrava o débito em razão de uma “lacuna” ou “erro no sistema”.

A fraude se estendeu por 21 dias, em outubro de 2023. O montante total transferido foi de R$ 26 milhões. Com um capital inicial de R$ 5 milhões, foi possível replicar o valor, causando um prejuízo de mais de R$ 21 milhões para a Pag Bank. Realizaram-se mais de 2500 transações, de acordo com os investigadores.

A Polícia afirma que Paulo liderava as operações: “Paulo estava à frente e, segundo a investigação, o Álvaro também tinha conhecimento e até porque o dispositivo dele também foi utilizado para acessar a conta da BS Capital, que é a empresa investigada”, explicou o delegado Maicon Richard de Moraes, delegado assistente da divisão de investigações de crimes Cibernéticos.

Assim, o número de detidos aumentou para três na operação. Bruno Gomes de Souza, proprietário da empresa financeira BS Capital, também foi preso nesta quinta-feira. A polícia ainda busca Mauricio Miwa, ex-funcionário da Camisaria Colombo, que atualmente presta serviços aos irmãos, e que está viajando para o exterior.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.