A Suprema Corte argentina recebeu um relatório técnico que constatou que o apartamento onde vive a ex-presidente Cristina Kirchner (Partido Justicialista, esquerda), de 72 anos, é adequado para cumprimento de prisão domiciliar. O imóvel está localizado no bairro de Constituição, em Buenos Aires.
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O documento foi entregue nesta sexta-feira (13.jun.2025), após inspeção realizada no apartamento, onde também mora sua filha, Florencia Kirchner, de 34 anos.
De acordo com informações do jornal argentino La Nación, o tribunal deve se pronunciar sobre as medidas cautelares de prisão domiciliar solicitadas por Cristina e outros condenados no caso de esquema de corrupção até a próxima terça-feira (17.jun).
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Antecipando-se a possibilidade de prisão domiciliar, o tribunal solicitou à Direção de Controle e Assistência de Execução Penal um relatório socioambiental detalhado sobre a área onde fica o apartamento. O estudo visa obter uma descrição completa das imediações e do bairro.
Os juízes solicitaram informações sobre o movimento de veículos e pedestres na área, características dos imóveis próximos e outros dados pertinentes para avaliar a viabilidade da execução da prisão domiciliar no local e seu efeito na região.
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A justiça pode determinar outro local de custódia se o imóvel não garantir a segurança, afetar a paz dos moradores ou o fluxo de veículos na área.
A defesa da ex-presidente alegou dois pontos centrais para sustentar o pedido de prisão domiciliar: a condição de ex-presidente, que demanda precauções de segurança, notadamente após o atentado contra a vida ocorrido em 2022; e sua idade avançada.
Diferentemente da prisão imediata solicitada pelos promotores, a Suprema Corte determinou que Cristina Kirchner tenha 5 dias úteis para comparecer à Justiça. O prazo encerra na próxima quarta-feira (18.jun). Em publicação em seu perfil no X (ex-Twitter), Cristina Kirchner confirmou que irá se apresentar à Justiça na data. No mesmo dia, o Partido Justicialista organizará uma manifestação de apoio a ela – que preside a agremiação.
“Não somos a máfia que se esquiva de ordens judiciais”, escreveu Kirchner. “Por isso, na próxima quarta-feira, dia 18 de junho, comparecerei em Comodoro Py para comparecer perante o tribunal, como sempre faço”.
Os juízes encaminharam uma comunicação à 1ª Delegacia da Polícia da Cidade, solicitando apoio para a detenção dos condenados quando estes se apresentarem às autoridades.
Fonte por: Poder 360
