Três empresas detêm a maior parte dos ataques registrados contra ônibus em São Paulo

Sul e Oeste da capital registram maior quantidade de incidentes a partir de junho.

10/07/2025 8:49

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Três empresas detêm a maior parte dos ataques registrados contra ônibus em São Paulo
(Imagem de reprodução da internet).

Um relatório da Polícia Civil aponta que três empresas concentram a maior parte dos ataques a ônibus registrados na cidade de São Paulo desde o início de junho. Os dados mostram que os maiores alvos são a Mobibrasil, com 40 ocorrências, a Transppass, com 28, e a Viação Grajaú, com 26 ônibus danificados.

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A incidência foi mais frequente nas regiões Sul e Oeste da cidade.

A Prefeitura de Mobilidade e Transportes, em parceria com a SPTrans, informou que 339 incidentes envolvendo ônibus foram registrados em São Paulo, a partir de 12 de junho, com um novo caso ocorrido na quarta-feira (9). Adicionalmente, 241 ataques foram contabilizados em linhas intermunicipais da Região Metropolitana, totalizando 580 ocorrências em aproximadamente um mês.

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A SPTrans reiterou, em nota, “repúdio aos atos de vandalismo registrados no sistema de transporte” e informou que continua fornecendo dados às autoridades para apoiar as investigações. A empresa reforçou que as operadoras devem comunicar imediatamente todos os casos à Central de Operações e à polícia, além de substituir os veículos danificados por outros da reserva técnica. Caso isso não ocorra, a empresa é penalizada pela viagem não realizada.

Em resposta ao aumento de incidentes, a Polícia Militar deu início, na semana passada, à operação Impacto – Proteção a Coletivos, com foco em vias de acesso, estacionamentos, terminais e áreas de risco. A ação mobiliza 7.890 policiais, 3.641 viaturas, 673 motos da Rocam e atua em pontos estratégicos determinados pela inteligência.

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A Polícia Civil também conduz uma investigação ativa, com o apoio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC). Até o momento, duas pessoas foram detidas, embora apenas uma delas possa ter ligação com a série de ataques. “A outra apresentava quadro de instabilidade psicológica, o que indica um caso isolado”, afirmou o delegado Ronaldo Sayeg, diretor do DEIC.

Conforme Sayeg, não há, até o momento, indícios de envolvimento de facções criminosas, como o PCC. A investigação aponta que os alvos, horários e locais dos ataques variam significativamente, o que dificulta o estabelecimento de um padrão. As apurações seguem em andamento.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.