Transtorno Obsessivo-Compulsivo não é mania: Dr. Kalil e convidados explicam como diferenciar sintomas
O tema será discutido no “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” de sábado (5), às 19h30, na CNN Brasil.

O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é um transtorno psiquiátrico cujos sintomas frequentemente são confundidos com manias comuns, no entanto, podem causar sofrimento significativo e afetar a qualidade de vida dos indivíduos. O Dr. Roberto Kalil e seus convidados alertam sobre isso na “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” de sábado (5).
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O programa recebe, para abordar o assunto, Euripedes Constantino Miguel, professor titular de Psiquiatria da USP, e a psicóloga Priscila Chacon. Os especialistas explicam que, apesar o TOC afetar entre 2% e 3% da população, a incidência de sintomas obsessivo-compulsivos é significativamente maior.
Constantino afirma que pelo menos 20% da população apresenta sintomas obsessivos-compulsivos. Por exemplo, alinhar sempre os chinelos ou não conseguir dormir com a porta do armário aberta podem ser considerados manias, representando exemplos desses sintomas.
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“Se perguntarmos, vai ser difícil achar alguém que não tenha nenhum sintoma”, afirma Chacon. Por isso, é importante saber diferenciar o que é um simples sintoma e o que é o TOC como um transtorno – nesse caso, a frequência, o tempo que esse sintoma ocupa no dia a dia e o prejuízo, dor e sofrimento que ele causa diferenciam uma mania do TOC.
“O TOC está relacionado a um conceito arbitrário de gastar tempo na vida e trazer disfuncionalidade, prejudicando seu rendimento, sua produtividade”, explica Constantino.
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O programa ressalta que o TOC é uma doença que provoca grande sofrimento, e as pessoas costumam tardar em buscar auxílio. “[Há pacientes que] estão com a vida toda consumidos, eles não conseguem mais ter alegria em nada, a vida toda envolvida em aliviar o incômodo dos sintomas obsessivos”, declara o especialista.
Quais são as causas do Transtorno Obsessivo-Compulsivo?
O transtorno obsessivo-compulsivo costuma ser mais frequente em mulheres e apresentar início entre os 19 e 20 anos. Entre os fatores de risco, segundo os especialistas, está a história familiar, com 40% da variação da expressão do transtorno relacionada à hereditariedade. Contudo, Chacon esclarece: “Não existe relação causal. Então, se minha mãe tem TOC, não quer dizer que eu tenha TOC. Isso quer dizer que eu tenho um risco aumentado”.
Fatores ambientais são igualmente relevantes. “Muitos deles são comuns a vários outros transtornos psiquiátricos”, afirma a especialista. Isso engloba mudanças frequentes, perdas significativas e a vivência em um ambiente com discussões, violência, precárias condições socioeconômicas ou um estilo parental excessivamente rígido.
A transmissão do programa “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” está marcada para sábado, 05 de julho, às 19h30, na CNN Brasil.
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Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.