Transformação do Trading na América Latina: Forex e Criptomoedas em Alta em 2025

O trading na América Latina está em transformação, com Brasil e México liderando o crescimento em Forex e criptomoedas, enquanto ações mantêm estabilidade

29/10/2025 18:10

4 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Transformação do Trading na América Latina

O cenário de trading na América Latina está passando por mudanças significativas. De São Paulo à Cidade do México, investidores individuais estão em busca de alternativas aos produtos bancários tradicionais, explorando opções que oferecem maior rentabilidade e flexibilidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa mudança reflete tendências econômicas amplas na região, caracterizada por incertezas inflacionárias e pela limitação das opções locais de investimento.

O trading de moedas tem ganhado destaque, com Brasil e México se destacando na liderança. Dados recentes do Banco de Compensações Internacionais (BIS) indicam que os derivativos dominam os mercados latino-americanos, com um crescimento acelerado. O volume diário do mercado cambial brasileiro aumentou quase 50% em três anos, enquanto a adoção de criptomoedas já começa a ameaçar mercados consolidados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Forex em Ascensão na América Latina

Na região, o mercado Forex se consolidou como o líder indiscutível entre os segmentos de trading. Isso se deve ao fato de o mercado cambial operar 24 horas por dia, oferecendo alta liquidez e permitindo investimentos iniciais relativamente baixos. Em economias com moedas voláteis e inflação incerta, o interesse por esse tipo de operação é compreensível.

No Brasil, o mercado de Forex apresentou um crescimento consistente nos últimos três anos. O volume de negociações subiu de US$20 bilhões em 2022 para US$29,65 bilhões em 2025, representando um aumento de 48,25%. O México também segue essa tendência, com aumento nos volumes de negociação do peso mexicano, à medida que traders institucionais e de varejo aproveitam a estabilidade da moeda.

Leia também:

Estabilidade no Trading de Ações

As ações continuam sendo um terreno familiar para os investidores latino-americanos. No entanto, os números indicam que o movimento mais dinâmico ocorre em outros mercados. A bolsa de valores brasileira B3 registra um volume médio diário de US$3,3 bilhões, bem abaixo dos US$29,65 bilhões do mercado cambial.

Padrões semelhantes são observados nas bolsas do México (BMV) e da Argentina (BCBA), onde os volumes de ações se mantêm estáveis, mas são significativamente menores que os dos mercados de câmbio. Apesar disso, as ações ainda são uma escolha sólida, especialmente para quem busca dividendos e crescimento no longo prazo.

Crescimento das Criptomoedas na Região

As criptomoedas deixaram de ser experimentais e se tornaram parte essencial do sistema financeiro na América Latina. A regulamentação mais clara e o uso crescente de stablecoins em transações cotidianas impulsionaram essa mudança. De acordo com pesquisa da Chainalysis, a região movimentou cerca de US$1,5 trilhão em transações de criptomoedas entre julho de 2022 e junho de 2025, com o Brasil liderando.

No caso da Argentina, anos de câmbio controlado e inflação acima de 200% levaram a população a adotar stablecoins para preservar o poder de compra. Os traders brasileiros movimentaram aproximadamente US$318,8 bilhões em ativos digitais entre julho de 2024 e junho de 2025, com a atividade mensal quadruplicando nesse período.

Perspectivas Futuras para o Trading na América Latina

O Forex continua a liderar por oferecer liquidez e acessibilidade, criando oportunidades para traders na região. As ações permanecem como uma alternativa estável para investidores tradicionais, enquanto as criptomoedas avançam rapidamente. O domínio do Brasil nos três mercados é resultado de uma combinação de fatores, como estrutura regulatória e educação financeira.

O México e a Argentina seguem suas próprias trajetórias, com avanços em regulamentação e inovação que refletem suas realidades econômicas. À medida que mais pessoas entram nesses mercados, a demanda por corretoras regulamentadas e plataformas seguras tende a crescer, prometendo mais inovação nos próximos anos.

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.