Tragédia em SP: mãe e filha falecem após comer bolo contaminado entregue em casa

O bolo foi entregue em casa e consumido no dia seguinte; apenas as vítimas mostraram sintomas.

10/10/2025 19:05

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(Imagem de reprodução da internet).

Mulher e filha morrem após consumirem bolo envenenado em São Paulo

Uma mulher e sua filha faleceram após ingerirem um pedaço de bolo envenenado no bairro do Ipiranga, na zona sul de São Paulo. Segundo o boletim de ocorrência, o doce foi distribuído em uma festa familiar, mas “ninguém mais se envenenou”. As vítimas não comeram o bolo no evento, recebendo a fatia em casa no dia seguinte.

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A Polícia Civil investiga o caso como um duplo homicídio. As vítimas foram identificadas como Ana Maria de Jesus, de 52 anos, e Larissa de Jesus Castilho, de 21 anos. Uma jovem de 16 anos, parente das vítimas, também comeu a fatia e sobreviveu. De acordo com o BO, Larissa e a adolescente estiveram na festa de aniversário de um primo, enquanto Ana Maria não compareceu devido ao trabalho.

Entrega do bolo e primeiros sintomas

Um pedaço do bolo foi reservado para Ana Maria. Durante a festa, várias pessoas consumiram o doce sem apresentar reações adversas. Na manhã seguinte, às 11h31, o bolo foi entregue a Ana Maria em sua casa. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que ela recebe a sacola, enviada por um sobrinho. Ela comeu o bolo sozinha no final da tarde.

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Aproximadamente 40 minutos depois, Ana Maria ligou para Larissa, informando que se sentia mal e não conseguia ficar em pé. Larissa pediu ajuda a uma irmã. O sobrinho foi ouvido pela polícia e afirmou que guardou o pedaço de bolo, lacrado, conforme pedido de Larissa, antes de entregá-lo à tia.

Desdobramentos e falecimentos

Após ver a mãe no hospital, Larissa e a jovem retornaram à casa de Ana Maria por volta da meia-noite. Ambas consumiram o restante da fatia, sem saber do envenenamento. Segundo depoimento da adolescente, ela comeu pouco; Larissa ingeriu metade da fatia e reclamou do gosto. Cerca de 20 minutos depois, ambas relataram náuseas e falta de ar.

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Larissa entrou em convulsão e ficou com coloração arroxeada, conforme o relato da sobrevivente. A adolescente acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que tentou reanimar Larissa por cerca de 40 minutos, mas ela foi declarada morta no local. Ana Maria ficou entubada por uma semana, recebeu alta, mas foi reinternada várias vezes, vindo a falecer devido à intoxicação e insuficiência respiratória.

A Polícia Civil informou que o caso está sob a responsabilidade do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga como duplo homicídio e tentativa de homicídio por envenenamento.

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.