Tite surge como forte candidato para substituir Leonardo Jardim no Cruzeiro, enquanto a relação conturbada com Gabigol gera expectativa nos bastidores.
O nome de Tite ganhou destaque no Cruzeiro para assumir o cargo deixado por Leonardo Jardim, que saiu do clube nesta segunda-feira (15). Com o apoio de Pedro Lourenço, sócio-majoritário da SAF, o ex-treinador da Seleção Brasileira se tornou a principal opção da diretoria celeste, que já agendou uma reunião com ele.
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Enquanto a diretoria analisa o perfil experiente de Tite, um aspecto que chama atenção nos bastidores é o histórico conturbado entre ele e Gabigol, atual atacante do Cruzeiro. Gabigol tem contrato até 2028, mas seu futuro está incerto a partir de 2026.
A relação entre Tite e Gabigol já era tensa antes mesmo de ambos se encontrarem no futebol de clubes. Durante o período de Tite à frente da Seleção Brasileira, de 2016 a 2022, o atacante teve poucas oportunidades e não foi convocado para a Copa do Mundo de 2022, no Catar.
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Naquele ano, Gabigol chegou a entoar cânticos de protesto contra o técnico durante as comemorações de títulos do Flamengo.
Após a chegada de Tite ao Flamengo em outubro de 2023, a situação não melhorou. O treinador permaneceu até setembro de 2024, e Gabigol participou de 37 jogos, sendo 33 como reserva, marcando apenas quatro gols. Apesar de declarações públicas amigáveis, o atacante viu seu espaço diminuir e enfrentou dificuldades em campo.
Em um depoimento à série “Até o Fim”, Gabigol compartilhou suas frustrações durante o tempo no Flamengo. Ele mencionou a dificuldade de não ser utilizado regularmente e como isso afetou seu desempenho. “Tive um ano em que praticamente não joguei, foi muito difícil para mim”, relatou.
Na apresentação como jogador do Cruzeiro, o tema voltou à tona. Pedro Lourenço fez uma brincadeira sobre a possível chegada de um treinador com quem Gabigol não teria uma boa relação, sem citar nomes. O atacante confirmou, de forma descontraída, que a afirmação era verdadeira.
A temporada de 2025 foi decepcionante para Gabigol no Cruzeiro. Ele perdeu um pênalti decisivo contra o Corinthians, no jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil, no último domingo (14), e terminou o ano sem títulos, além de enfrentar o maior jejum de gols desde sua chegada ao clube.
No total, Gabigol participou de 49 partidas na temporada, marcando 13 gols. Ele anotou dois gols na Copa Sul-Americana, cinco no Campeonato Mineiro e seis no Brasileirão, mas não conseguiu marcar na Copa do Brasil. Dentre os 49 jogos, começou 23 como titular e entrou em 26 como reserva.
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.