Thaila Ayala surpreendeu ao compartilhar uma experiência pessoal: por muitos anos, não sentia alegria com o Natal. A atriz relatou que, desde a infância, a data era frequentemente associada a sentimentos de falta de afeto, frustrações e conflitos familiares.
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Essas lembranças a acompanhavam com a sensação de nunca ser suficiente, e ela recordava brigas durante as reuniões de fim de ano.
O Impacto das Experiências na Infância
Segundo a neurocientista Telma Abrahão, especialista em desenvolvimento infantil, o relato de Thaila é mais comum do que se imagina. Ela explica que o cérebro registra informações emocionais desde a infância, de forma inconsciente. Essas “memórias implícitas” não se manifestam como lembranças conscientes, mas sim como sensações corporais e emocionais.
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O Natal e as Emoções
Telma destaca que o Natal, com seus rituais, encontros familiares, expectativas e a convivência intensa, pode ativar essas memórias emocionais. Para quem cresceu em ambientes com tensão, insegurança ou conflitos, o cérebro pode associar esses contextos a sentimentos de alerta, ansiedade ou tristeza, mesmo sem uma explicação racional.
Reações Automáticas e a Neuroplasticidade
Essas reações podem se manifestar de forma automática, como cansaço antecipado, irritação sem motivo aparente ou desconforto em reuniões familiares. Segundo a neurocientista, esses sentimentos não surgem do nada, mas são “ecos” de experiências antigas que o corpo aprendeu a reconhecer como ameaçadoras.
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A boa notícia é que o cérebro é capaz de mudar.
Ressignificando o Natal
Telma Abrahão ressalta que a neuroplasticidade – a capacidade do cérebro de se reorganizar – permite que as mesmas áreas que registraram tensão aprendam novas experiências emocionais. Ao compreender a origem dessas sensações, é possível ressignificar datas, criar novos rituais e construir memórias mais positivas.
A atriz Thaila Ayala demonstra que, com consciência, afeto e novas vivências, é possível transformar memórias dolorosas e tornar o fim de ano mais significativo.
