Texas adota mapa eleitoral para manter a maioria legislativa de Trump

O presidente republicano também deseja realocar os distritos eleitorais dos estados de Indiana, Ohio e Missouri.

23/08/2025 12:43

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Texas adota mapa eleitoral para manter a maioria legislativa de Trump
(Imagem de reprodução da internet).

Aprovados no sábado, 23, pelos legisladores do Texas, novos distritos eleitorais visam garantir que o Partido Republicano continue a dominar o Congresso dos Estados Unidos nas eleições legislativas de 2026.

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Os senadores aprovaram o mapa em uma votação dividida por uma linha partidária de 18 a 11, após mais de oito horas de debates, e apesar da tentativa de uma senadora democrata de bloquear a votação.

O governador do Texas, Greg Abbott, deverá ratificar o novo mapa para que ele seja implementado.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, buscou a maioria republicana nas assembleias legislativas do Texas para alterar os distritos eleitorais do estado, visando diminuir as possibilidades de os democratas ganharem o controle da Câmara dos Representantes federal nas eleições de 2026.

Esta eleição será fundamental para a segunda metade do governo do empresário, que pretende fortalecer a frágil base republicana na Câmara dos Representantes para prosseguir com sua agenda política.

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Os democratas contam, por outro lado, que a falta de apoio a Trump os favoreça na conquista da Câmara do Congresso.

O presidente americano busca remodelar os distritos eleitorais dos estados republicanos para favorecer candidatos conservadores e prejudicar os democratas.

Assim, o Texas utilizou a técnica conhecida como “gerrymandering”, que consiste na manipulação de distritos eleitorais. Esse processo resultou em um desenho novo e desigual, visando garantir à direita americana até cinco assentos adicionais no Congresso.

Resposta da Califórnia

A atuação dos republicanos gerou uma intensa controvérsia no país e levou os democratas, no estado mais populoso dos EUA, Califórnia, a adotarem a mesma estratégia.

O governador Gavin Newsom, que se declara o principal adversário de Trump dentro do Partido Democrata, propôs um mapa eleitoral que garantiria até cinco cadeiras adicionais, visando enfraquecer a proposta do Texas.

A legislatura estadual da Califórnia aprovou, por ampla maioria, o plano na última quinta-feira. O Legislativo também decidiu realizar um referendo em novembro para verificar se os eleitores querem alterar temporariamente os limites de seus distritos eleitorais até 2030.

“Estamos respondendo ao que aconteceu no Texas”, disse Newsom em uma entrevista ao podcaster David Pakman. “Quais evidências de autoritarismo são necessárias?”, questionou. “Esses caras não brincam (… ) as pessoas devem acordar e abrir os olhos”, acrescentou o governador, denunciando Trump por não “respeitar nenhuma regra”.

O ex-presidente democrata Barack Obama considerou uma resposta “inteligente e equilibrada” a decisão da Califórnia às ações de Trump.

Outros estados também buscam alterar seus mapas eleitorais para favorecer o partido majoritário nas eleições de 2026.

Além do Texas, o presidente republicano busca redistribuir os distritos eleitorais dos estados de Indiana, Ohio e Missouri.

Para a governadora democrata de Nova York, Kathy Hochul, trata-se do “último suspiro de um partido desesperado que se agarra ao poder”.

Ela avisou Trump por meio de comunicado que “o desafiaria no mesmo campo e o derrotaria em seu próprio território”, assim como a Califórnia.

No Texas, os legisladores democratas avaliaram a alteração dos distritos eleitorais como uma ação para anular o voto da população negra, infringindo a Lei do Direito ao Voto.

Esta legislação, uma relevante lei de direitos civis promulgada em 1965, visava impedir que os estados do sul negassem aos afro-americanos o direito de voto.

Os democratas, na minoria na legislatura do Texas, consideram que os republicanos locais buscam restringir o voto de eleitores minoritários por meio de “manipulações racistas” nos distritos eleitorais.

A alegação era que o novo mapa eleitoral diminuiria a representatividade dos votos de eleitores negros e latinos, que costumam preferir o Partido Democrata.

Fonte por: Carta Capital

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