Tesouro Nacional Decide Sobre Crédito dos Correios

O Ministério da Fazenda anunciou que o Tesouro Nacional divulgará até a próxima sexta-feira (19) sua decisão sobre a operação de crédito de R$ 12 bilhões solicitada pelos Correios. A aprovação dessa operação é crucial para o processo de reestruturação da empresa.

Para que o Tesouro Nacional atue como avalista, é necessário que o empréstimo seja negociado com uma taxa de juros que não ultrapasse 120% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Em dezembro, a União já havia rejeitado uma proposta anterior dos Correios, considerando os juros solicitados pelos bancos excessivos.

Reestruturação e Parcerias

Na ocasião, as instituições financeiras propuseram um empréstimo de R$ 20 bilhões com juros de 136%, bem acima do limite estabelecido. Entre as estratégias em análise para a reestruturação, está a possibilidade de parcerias com empresas públicas e privadas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou que a Caixa Econômica Federal demonstrou interesse.

Haddad afirmou: “Os Correios vão, depois da reestruturação, explorar vários caminhos, incluindo parcerias com empresas públicas ou privadas.” Ele também destacou que a Caixa está avaliando essa possibilidade devido à capilaridade dos Correios, que pode ser vantajosa para seus produtos, embora nada esteja confirmado até o momento.

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Desafios Financeiros dos Correios

Os Correios enfrentam um prejuízo superior a R$ 6 bilhões entre janeiro e setembro de 2025. Em busca de soluções para equilibrar suas finanças, a empresa está elaborando um plano de reestruturação que inclui o fechamento de agências, a venda de imóveis e um programa de demissão voluntária.

Esse programa pode resultar na demissão de cerca de 15 mil funcionários entre 2026 e 2027, como parte das medidas para garantir o pagamento de dívidas e salários. A situação financeira da empresa exige ações urgentes para sua recuperação e sustentabilidade a longo prazo.