Tesouro: Dívida Federal Recua em Setembro, Crescimento Anual Persiste

Tesouro divulga: Dívida Federal recua em setembro, mas crescimento anual persiste. Aumento de 11% na dívida pública federal.

29/10/2025 15:44

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(Imagem de reprodução da internet).

Dívida Federal Recua em Setembro, mas Crescimento Anual Persiste

O estoque da dívida federal apresentou uma leve retração em setembro de 2025, diminuindo 0,28% e atingindo R$ 8,12 trilhões, conforme divulgado nesta quarta-feira (29.out.2025) pelo Tesouro Nacional. O relatório mensal da Dívida Pública Federal, disponível em formato PDF (848 kB), detalha essa variação.

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A redução se deveu a resgates líquidos de R$ 93,1 bilhões, parcialmente compensados pela apropriação de juros de R$ 70,1 bilhões.

Análise do Crescimento Anual

No acumulado do ano até setembro, a dívida pública federal aumentou 11%, correspondendo a R$ 805,9 bilhões. A maior parte da dívida do governo (96,3%) é originária do mercado interno, destinada a financiar operações para pessoas e empresas no Brasil, totalizando R$ 7,82 trilhões.

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A parcela externa, devida a investidores estrangeiros (em dólar), representa uma porção menor, avaliada em R$ 301,5 bilhões (US$ 56,7 bilhões).

Tipos de Dívida e Preferências dos Investidores

O governo utiliza títulos com diferentes tipos de juros para captar recursos. Em setembro, os investidores demonstraram preferência por títulos com taxas de juros fixas ou proteção contra a inflação, em vez de títulos pós-fixados atrelados à taxa Selic.

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A fatia dos títulos com juros fixos aumentou de 20,9% para 22%, enquanto a parcela de títulos atrelados à inflação cresceu de 26,1% para 26,8%. O prazo médio da dívida também se expandiu, passando de 4,09 para 4,16 anos, proporcionando maior flexibilidade ao governo na gestão da dívida.

Detentores da Dívida e Cenário Externo

Os bancos são os maiores detentores da dívida interna (32,5%), seguidos por fundos de previdência (23,1%) e de investimento (20,9%). Houve um aumento de R$ 25,6 bilhões na posição de não residentes, refletindo uma melhora na percepção de risco e maior interesse por ativos brasileiros.

O cenário externo, com a decisão do Federal Reserve (banco central dos EUA) de reduzir as taxas de juros em setembro, impulsionou o apetite global por risco, favorecendo o desempenho dos papéis brasileiros.

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.