Tesouro: Dívida em alta, mas liquidez protege ano eleitoral

Banco Central adverte que anos eleitorais geram desafios, mas aprimoramento do planejamento visa tranquilizar emissão de títulos.

30/09/2025 17:52

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(Imagem de reprodução da internet).

Tesouro Busca Colchão de Liquidez para Garantir Tranquilidade em 2026

O subsecretário da Dívida Pública, Daniel Leal, assegurou nesta terça-feira (30) que o Tesouro Nacional buscará encerrar 2025 com um robusto colchão de liquidez. O objetivo é proporcionar tranquilidade financeira em 2026, mesmo diante da possível volatilidade econômica causada pelas eleições presidenciais.

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“Os períodos eleitorais podem gerar maior instabilidade, mas o Tesouro sempre demonstrou capacidade de adaptação. Isso se deve à nossa prática de nos prepararmos com antecedência, garantindo um caixa confortável ao iniciar cada ano”, explicou Leal em coletiva de imprensa.

Expansão do Endividamento Público e o Colchão de Liquidez

O reforço no caixa do Tesouro ocorre em um cenário de crescente endividamento público. O estoque da dívida federal atingiu R$ 8,1 trilhões em agosto e pode chegar a R$ 8,8 trilhões no final de 2025, conforme a revisão do Plano Anual de Financiamento (PAF) 2025.

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Apesar da expansão da dívida, o custo da mesma permanece pressionado pela taxa Selic, que atualmente está em 15%. Essa situação elevou a média dos juros pagos para 11,65% ao ano.

Estratégia do Tesouro para Emissão de Títulos

A estratégia do Tesouro é aproveitar oportunidades de emissão de títulos, fortalecendo a liquidez sem a necessidade de forçar o mercado. Isso permite ajustar a oferta de títulos em momentos de instabilidade e aumentar a demanda quando os investidores estiverem mais ativos.

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Leal ressaltou que a gestão da dívida considera os desafios de médio prazo, como a concentração de vencimentos prevista para 2027, conhecida como “Torre de 2027”.

Preparação para Cenários Futuros

O subsecretário enfatizou que o Tesouro analisa cenários de longo prazo, estendendo a análise para 6, 7 ou 8 anos. Essa prática permite a construção de uma estratégia de longo prazo, ajustando o ritmo semanal das emissões de títulos. O objetivo é garantir que o Tesouro esteja preparado para enfrentar qualquer desafio.

Leal mencionou que a “Torre de 2027” será gerenciada com instrumentos que se mostraram eficazes em anos anteriores, demonstrando a capacidade de adaptação do Tesouro a diferentes contextos econômicos.

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.