Tesla deverá pagar 243 milhões de dólares por defeito em veículo autônomo

O Tribunal de Justiça dos EUA determinou que a empresa do bilionário Elon Musk é responsável pelo acidente fatal na Flórida em 2019 envolvendo um veícul…

02/08/2025 14:13

4 min de leitura

Tesla deverá pagar 243 milhões de dólares por defeito em veículo autônomo
(Imagem de reprodução da internet).

Um júri em Miami, na Flórida, condenou a fabricante de carros elétricos Tesla a pagar uma indenização de 243 milhões de dólares (1,3 bilhão de reais) por um acidente envolvendo um de seus veículos que resultou na morte de uma mulher e ferimentos graves em seu namorado.

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O ocorrido poderá provocar uma série de ações judiciais contra a empresa do bilionário Elon Musk. Também pode comprometer os esforços do empresário em atrair investidores para que a Tesla se torne líder no mercado de direção autônoma em carros particulares e robôs, este último um serviço sem motoristas que ele pretende lançar em várias cidades dos Estados Unidos nos próximos meses.

Esta é a primeira vez que a Tesla é condenada a pagar indenizações em um julgamento relacionado à tecnologia Autopilot, de direção autônoma; processos anteriores foram resolvidos extrajudicialmente ou arquivados.

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O acidente aconteceu em 2019, no arquipélago de Florida Keys, quando o condutor de um Tesla Model S simulou uma trajetória e atingiu um casal que observava o céu ao lado de um Chevrolet Tahoe estacionado. A intensidade do impacto resultou na morte de Naibel Benavides Leon, aos 22 anos, arremessada a mais de 20 metros; o companheiro dela, Dillion Angulo, sofreu fraturas ósseas e trauma craniano, e continua a lidar com as consequências até o presente.

O júri determinou que a Tesla é parcialmente responsável pelo falecimento, devido ao mau funcionamento da tecnologia Autopilot, de direção autônoma.

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A Tesla projetou o Autopilot unicamente para rodovias com acesso controlado, porém deliberadamente não impôs restrições ao seu uso em outras vias, conforme declarações de Elon Musk, ao afirmar que o Autopilot conduzia de forma superior à capacidade humana, disse Brett Schreiber, advogado da acusação, após o veredicto.

Impacto a 100 km/h

O condutor do Tesla relata ter se distraído instants antes do acidente, abaixando-se para localizar o celular que havia caído no interior do veículo. Ele sustenta não ter percebido quando o automóvel desconsiderou uma placa de “pare” e um semáforo vermelho, antes de colidir com uma barreira a aproximadamente 100 quilômetros por hora.

O julgamento determinou que o sistema Autopilot deveria ter sido desligado imediatamente após a distração do condutor.

A Tesla já foi acusada anteriormente por famílias de vítimas de acidentes de atrasar na entrega de informações cruciais para a resolução desses casos, o que a empresa rejeita.

A Tesla afirma

A defesa da Tesla sustentou que o motorista é o único responsável pelo acidente, e informou que pretende recorrer da decisão.

A empresa declarou: “Nenhum veículo em 2019, e nenhum carro atualmente, teria evitado esse acidente”. Adicionalmente, afirmou: “Isso nunca foi sobre o Autopilot; foi uma invenção fabricada pelos advogados dos envolvidos, que acusaram o automóvel quando o condutor, desde o início, assumiu e aceitou a responsabilidade”.

A empresa também afirmou que a decisão atrasa os progressos em segurança automotiva e põe em risco os esforços da Tesla e de toda a indústria para desenvolver e implementar tecnologias que salvam vidas.

A Tesla afirma que os motoristas que utilizam o Autopilot devem permanecer totalmente atentos à direção e manter as mãos no volante. A empresa ressalta que o Autopilot é um sistema de assistência ao motorista e não transforma um Tesla em um veículo totalmente autônomo.

O advogado das vítimas, Brett Schreiber, sustentou que a decisão da Tesla de empregar o termo “Autopilot” em vez de “assistente de direção” ou “copiloto” demonstra que a empresa está disposta a ludibriar indivíduos e expor suas vidas, considerando que o sistema não é apto a assumir, de forma autônoma, o controle do veículo.

Ele defende que a Tesla deveria desativar o modo Autopilot automaticamente sempre que o motorista apresentar sinais de distração, além de restringir seu uso a vias de menor porte.

“Eu depositei excessiva confiança na tecnologia”, declarou o motorista no depoimento ao tribunal. “Acreditava que, se o veículo percebesse algo à sua frente, emitiria um aviso e ativaria os freios.”

“Palavras importam”, declarou Schreiber, ao criticar o sistema Autopilot da Tesla. “E se alguém está jogando de forma leviana com as palavras, está sendo leviana com as informações e os fatos.”

Fonte por: Carta Capital

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