Em Terra Nostra, Rosana (Carolina Kasting) vivencia um momento crucial: o nascimento de seu filho, acompanhado por Matteo (Thiago Lacerda). O parto se configura como um dos pontos altos da novela, com previsão de reprise especial na Globo. O anúncio do sexo do bebê gera grande expectativa entre os personagens e impacta diretamente a trama. A história expõe, de forma contundente, as tensões sociais e culturais da época retratada na trama.
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O Machismo e as Expectativas de Gênero
Rosana, ciente do forte machismo da época, já havia manifestado ideias controversas, chegando a considerar a rejeição de uma filha, influenciada pelos valores familiares e pelos conselhos do falecido pai de Gumercindo (Antonio Fagundes). O pai, preocupado com a continuidade da linhagem masculina, aconselhava o filho a lamentar a ausência de herdeiros homens, enfatizando a importância de um “varão” para a família.
A Tensão e o Parto
A expectativa pelo parto é intensa. Gumercindo, preocupado com a continuidade da linhagem, observa Rosana durante o trabalho de parto, com todos aguardando ansiosamente a notícia que pode mudar o futuro da família. Quando o bebê nasce, revela-se um menino.
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Júbilo e Desilusão
A emoção é imediata: Gumercindo, aliviado e feliz, não consegue conter as lágrimas, dando continuidade às tradições familiares. No entanto, a felicidade é efêmera. Rosana, que esperava compartilhar a alegria com o marido, se sente emocionalmente abandonada.
Depressão e Reflexões
Matteo, ao retomar o envolvimento com Giuliana (Ana Paula Arósio), afasta Rosana de sua atenção, levando a uma profunda depressão. A personagem negligencia sua alimentação e os cuidados com o bebê, refletindo a fragilidade emocional gerada por sentimentos de rejeição e solidão. A situação expõe questões universais sobre o apoio familiar, o impacto do abandono afetivo e os desafios enfrentados por mulheres.
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Conclusão: Relevância e Legado
A trama de Terra Nostra equilibra romance, tensão familiar e crítica social, mantendo relevância mesmo décadas após sua estreia. Exibida originalmente entre 1999 e 2000, a novela, escrita por Benedito Ruy Barbosa, com direção geral de Jayme Monjardim, se consolidou como um marco da teledramaturgia brasileira, combinando narrativa envolvente, personagens complexos e um retrato histórico preciso.
