Ter companhia de cães e gatos pode diminuir o declínio cognitivo após os 50 anos
Pesquisa na Suíça identificou vantagens da companhia de animais de estimação a partir dos 50 anos; compreenda os fatores.

Pesquisas conduzidas por cientistas das universidades de Genebra, Lausã e Zurique, na Suíça, evidenciam que possuir animais de estimação em domicílio pode gerar uma variedade de vantagens, tanto físicas quanto psicológicas e de saúde, principalmente em pessoas com mais de 50 anos.
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A pesquisa científica aponta que a interação entre humanos e animais de estimação auxilia na diminuição do declínio cognitivo das funções cerebrais.
Os dados apresentados no experimento foram analisados com base no conteúdo de oito edições da Pesquisa sobre Saúde e Aposentadoria na Europa – um conjunto de informações de indivíduos com mais de 50 anos reunidas ao longo de 18 anos.
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Qual o impacto da interação com animais na saúde do cérebro?
A companhia dos animais pode gerar diversos benefícios aos tutores, de acordo com o estudo. Proprietários de cães, por exemplo, mostram resultados mais positivos em testes de memória, tanto no curto quanto no longo prazo. Em relação aos donos de gatos, observou-se um declínio mais lento na capacidade de construir frases ou se comunicar de forma clara.
Os mesmos ganhos cognitivos não foram observados em outras espécies domésticas, como cães e aves, que não demonstraram benefícios consistentes para a manutenção da função cerebral.
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Isso ocorre, segundo especialistas, devido à interação e contato necessários na companhia de cães e gatos, que podem provocar atribuições cerebrais relacionadas à socialização e memória.
O aumento da atividade física e a diminuição da solidão são fatores conhecidos por estarem relacionados à redução do risco e a uma taxa mais lenta de declínio cognitivo. A posse de animais de estimação também foi associada ao aumento da interação social e à redução dos sintomas de ansiedade. Esses fatores, conforme destacado em meta-análises, estão ligados a um menor risco de comprometimento cognitivo em adultos mais velhos.
Apesar dos resultados iniciais, os pesquisadores do estudo consideram imprescindível a realização de mais investigações para uma melhor compreensão do assunto.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.