Tentativa de ataque: ouça o relato de testemunhas perante o STF

Semana teve destaque com declarações de testemunhas de Bolsonaro e réus no processo criminal por tentativa de golpe. Consulte a matéria no Poder360.

31/05/2025 6h23

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Fachada do Supremo Tribunal Federal, com a estátua da Justiça. Sérgio Lima/Poder360 14.04.2021

O Supremo Tribunal Federal encerrou na sexta-feira (30.mai.2025) a segunda semana de depoimentos das testemunhas do núcleo crucial na ação penal por tentativa de golpe de Estado em 2022. As audiências serão finalizadas na segunda-feira (2.jun), com o depoimento do senador Rogério Marinho (PL-RN) às 15h, como testemunha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do general Walter Braga Netto.Foram ouvidas 51 testemunhas, tanto da defesa quanto da acusação. Registraram-se 28 desistências e duas declarações apresentadas por escrito. Todos os depoimentos foram conduzidos por videoconferência, sem transmissão pública. As gravações serão disponibilizadas no processo após o último depoimento.Somente as defesas são obrigadas a prestar depoimento. As testemunhas indicadas pelas defesas não precisam comparecer às audiências, exceto se forem intimadas pelo STF. Os advogados dos réus também podem renunciar a ouvir alguns dos indicados. Consulte quem foi indicado como testemunha, mas não depoís.O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no caso, acompanhou o primeiro dia de depoimentos, em 19 de março. O relator da ação, o ministro Alexandre de Moraes, foi responsável por conduzir todas as audiências. A função normalmente é atribuída a um juiz auxiliar. Moraes também convidou os demais ministros da 1ª Turma da Corte para assistirem. Somente Flavio Dino não compareceu e enviou um representante.À ocasião, declararam as testemunhas da PGR (Procuradoria Geral da República): Éder Lindsay Magalhães Balbino, Clebson Ferreira de Paula Vieira, Adiel Pereira Alcântara e o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes.Moraes criticou outros advogados e testemunhas. Indicou que não desejava um “circo” em seu Tribunal quando um dos advogados repetia questões de forma excessiva. Além disso, alertou que testemunhas não podem fornecer “interpretações pessoais”.DepoimentosAs testemunhas do núcleo fundamental da tentativa de golpe prestaram depoimento à 1ª Turma da Corte. De acordo com o denunciado pela PGR, os integrantes desse grupo teriam sido responsáveis por comandar a organização criminosa que tentou impedir a posse do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).Os depoimentos das testemunhas do tenente-coronel Mauro Cid confirmaram que o militar exercia apenas a função de ajudante de ordens, prestando apoio ao então presidente Jair Bolsonaro.As testemunhas de Bolsonaro afirmaram que ele se mostrava “triste” após as eleições de 2022, em novembro e dezembro, e que não mencionou nenhuma opção de ruptura institucional. Além disso, elas negaram que ele tenha ligação com os atos extremistas de 8 de Janeiro.O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e as testemunhas envolvidas, negaram que ele tenha discutido ações golpistas com os interlocutores ou questionado a validade do processo eleitoral. Não se esclareceu, contudo, se ele participou da organização das manifestações que visaram impedir a chegada de eleitores a favor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos locais de votação no segundo turno das eleições.

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Fonte por: Poder 360

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Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.