“Tentativa covarde de intimidação”, declara diretor da PF em relação às ameaças de Eduardo Bolsonaro

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, considerou as declarações do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre a corporação uma “covarde tentativa de intimidação”.

“Você é medíocre com a caneta na mão. Aproveita aí e coloca isso no inquérito. Não deixa eu saber quem é você. Se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui”, ameaçou Eduardo durante live transmitida no domingo (20). Ele chegou a chamar um agente da PF que estaria acompanhando a transmissão de “cachorrinho”.

Ele também mencionou diretamente o delegado Fábio Alvarez Shor, que lidera investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Rodrigues declarou que as ameaças serão incluídas no inquérito que investiga Eduardo Bolsonaro por obstrução de justiça, coagção no curso do processo e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. “Nenhum investigado intimidará a Polícia Federal”, afirmou o diretor-geral.

O deputado federal está sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República, que apura sua suposta atuação nos Estados Unidos para influenciar processos envolvendo seu pai.

Leia também:

Erika Hilton e Fernando Haddad debatem ajustes em projeto de lei sobre jornada de trabalho

DPU pede supervisão de perícias após megaoperação que deixou mais de 120 mortos no Rio de Janeiro

Congresso Nacional aprova MP 1.304 com novas diretrizes para o setor elétrico e mercado livre

Em outro momento da live, Eduardo afirmou estar vivendo uma guerra, em referência às investigações. “A situação é difícil, a guerra não acabou, haverá mais sacrifícios pela frente. Estou disposto a ir até as últimas consequências”, declarou durante a transmissão ao vivo.

Andrei Rodrigues assegurou que a instituição tomará “providências legais” em relação ao que considerou intimidações contra a PF.

Eduardo Bolsonaro se encontra nos Estados Unidos desde fevereiro, exercendo atividades políticas em apoio ao pai, que enfrenta acusações de tentativa de golpe após a derrota nas eleições. O deputado deixou o Brasil sob o argumento de perseguição política. Nos Estados Unidos, o filho do ex-presidente dedica-se a estabelecer alianças políticas em favor do pai.

Fonte por: Brasil de Fato