Tensão entre EUA e Venezuela e a Postura do Brasil
Com o aumento das tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, o governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve adotar um tom mais firme apenas se houver um ataque contra o território venezuelano. Interlocutores de Lula afirmam que uma postura mais contundente será considerada somente se a ameaça se transformar em ação militar efetiva.
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Atualmente, a avaliação do governo brasileiro é de que é necessário manter um discurso equilibrado para não comprometer a possibilidade de atuar como mediador entre os EUA e a Venezuela, caso haja interesse de ambos os lados. Recentemente, Lula criticou a retórica de uso da força militar na América Latina, enfatizando que a região deve permanecer em paz e que intervenções ilegais não são justificáveis.
Críticas e Temores Regionais
No mesmo discurso, durante a Cúpula da Celac e da União Europeia, Lula fez uma crítica que pode ser vista como uma alusão a Nicolás Maduro, mencionando que “projetos pessoais de apego ao poder solapam a democracia”. Contudo, ele não se manifestou diretamente sobre a ameaça de um possível ataque à Venezuela.
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Fontes do Planalto, que falaram sob condição de anonimato, não acreditam que o Pentágono planeje uma operação militar com tropas na Venezuela. A análise é de que os EUA devem manter um clima de tensão para desestabilizar o regime de Maduro e suas Forças Armadas, utilizando ameaças como estratégia.
Reações da Comunidade Internacional
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também se manifestou, pedindo uma reunião da Organização da Aviação Civil Internacional após as declarações de Trump. Ele ressaltou que não há autorização da ONU para ações militares e que a ordem internacional deve ser respeitada.
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A afirmação de Trump ocorreu após a Administração Federal de Aviação dos EUA emitir um alerta sobre os riscos de voos no espaço aéreo venezuelano, levando o regime chavista a revogar licenças de seis companhias aéreas que operavam no país.
A situação continua a gerar preocupações sobre a estabilidade na região.
