Em Salvador, o ex-presidente Michel Temer (MDB) considerou que o voto do ministro Luiz Fux no julgamento da denominada trama golpista foi “fundamental” para Jair Bolsonaro (PL). O petista participou do 3º Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade na capital baiana, na quinta-feira (11) e dialogou com jornalistas.
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Fux se desvziu do entendimento majoritário no Supremo Tribunal Federal, votando pela anulação de todas as acusações imputadas a Bolsonaro. Contudo, votou pela condenação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, e do general Braga Netto pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Temer afirmou que o ministro, até o momento, está absolvendo a todos. “Para o ex-presidente Bolsonaro, este voto [de Fux] é fundamental e importantíssimo”, declarou.
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O ex-presidente considerou que a discordância entre Fux e o relator Alexandre de Moraes é “natural” e ressaltou a “qualidade pacificadora” de ambos. Ele reiterou que o país necessita de moderação e equilíbrio nesse momento. Anteriormente, durante a apresentação, declarou que “o que está ocorrendo no país é uma radicalização que atinge até o judiciário e que é necessário ter um discurso de pacificação”.
Sobre as declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que chamou Moraes de “ditador e tirano” em ato bolsonarista na Avenida Paulista no último domingo (7), Temer considerou que o aliado de Bolsonaro “não foi feliz” nas palavras. “Compreendo o calor do comício, talvez uma tentativa de mostrar lealdade ao ex-presidente. Afinal ele precisa também de votos dos bolsonaristas. Mas ele trabalhou no meu governo, é uma pessoa moderada e equilibrada. O Brasil precisa disso agora”, reforçou na fala.
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O ex-presidente, quando questionado sobre o projeto de lei que propõe anistia aos participantes dos ataques de 8 de Janeiro, admitiu que a proposta suscita dúvidas acerca de sua constitucionalidade, porém, defendeu que o STF encontre uma solução para evitar novos confrontos.
É amplamente reconhecido que a punição é necessária, considerando a destruição de edifícios públicos e das sedes dos Poderes. Contudo, para evitar confrontos, seria preferível que o Supremo Tribunal utilizasse instrumentos legais já existentes, como a fixação de indenizações.
Fonte por: CNN Brasil