O ex-presidente Michel Temer declarou que se opõe à radicalização política e que não concordou com as declarações contra a ministra Marina Silva, da Meio Ambiente, proferidas em sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado na última terça-feira (27.mai).
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A radicalização, brasileiro contra brasileiro, instituição contra instituição, corporação contra corporação, é inaceitável e intolerável. Eu confesso que não aprovei aquele gesto [contra Marina] e acho que as pessoas devem tomar muito cuidado com as palavras, porque as palavras são venenosas.
Temer está em Bonito, no Mato Grosso do Sul, onde participa do Fórum Lide COP30 e conversou com a imprensa. Ele afirmou que o incidente contra Marina foi “pouco civilizado”.
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A atitude da ministra, eu acho, foi algo, digamos, pouco civilizado. Confesso que, sem considerar eventuais contestações que possa haver à ministra do governo, a delicadeza nas palavras, e não é porque é mulher, é delicadeza da palavra sem questão de gênero, delicadeza da palavra, a civilidade política é importante.
A reunião da comissão, com a presença de Marina, foi interrompida após uma discussão entre a ministra e o presidente da comissão, Marcos Rogério (PL-RO). Ela solicitava mais tempo para responder, mas ele permitiu que outro senador falasse.
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“Você quer que eu seja uma mulher submissa, mas eu não sou”, declarou Marina. Em seguida, Marcos Rogério, irritado, afirmou “agora é sexismo, ministra? Me respeite, ministra. Coloque-se no seu lugar”.
O senador Plínio Valério – que já afirmou que “deveria ser enforcada” Marina Silva em um evento com empresários – declarou que “ela merece respeito, a ministra”.
Senadores manifestaram repúdio às declarações, abrangendo a base legislativa feminina.
Fonte por: Poder 360