Técnico é condenado a prisão preventiva por ter auxiliado em ataque à empresa C&M

João Nazareno Roque prestou informações a indivíduos envolvidos no desvio de recursos por meio de Pix, no maior golpe digital do Brasil.

12/07/2025 14:45

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Técnico é condenado a prisão preventiva por ter auxiliado em ataque à empresa C&M
(Imagem de reprodução da internet).

O Tribunal de São Paulo determinou a prisão preventiva de João Nazareno Roque, um técnico de TI de 48 anos, que participou do ataque hacker à empresa C&M Software. O incidente resultou em perdas financeiras de aproximadamente R$ 800 milhões, decorrentes de transferências fraudulentas via Pix, ocorridas na madrugada de 30 de junho de 2025.

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Roque encontrava-se detido preventivamente a partir de 3 de julho, data em que foi preso pela Polícia Civil de São Paulo por fornecer informações de acesso ao sistema da C&M Software, empresa que interliga bancos de menor porte e fintechs à modalidade Pix do Banco Central.

A polícia, segundo Roque, sabia onde ele trabalhava e um dos hackers o abordou em um bar. O técnico relatou que se comunicava com os criminosos apenas por celular e que trocava de aparelho a cada 15 dias para não ser rastreado. Ele disse ainda ter recebido R$ 5.000 inicialmente e, posteriormente, mais R$ 10.000 em dinheiro.

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O advogado de Roque sustenta que ele foi vítima de engano. Jonas Reis, defensor do suspeito, declarou ao Fantástico, da TV Globo, que o homem “serviu de peão” e “não tinha conhecimento desse esquema fraudulento de grande porte”.

Na madrugada de 30 de junho, indivíduos não autorizados acessaram o sistema da C&M utilizando as informações de um funcionário. Os invasores efetuaram diversas transferências em grande escala da conta do BMP (Banco Master) para múltiplas contas de destino.

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A maior parte dos R$ 800 milhões foi destinada a 3 instituições de pagamento – Transfeera, Nuoro Pay e Soffy – que foram suspensas cautelarmente do Pix pelo Banco Central. O restante foi distribuído entre mais de 20 participantes do sistema.

Roque atuava na C&M desde 2022 e, anteriormente, exercia a função de eletricista. A empresa foi homologada pelo BC em 2001 para integrar instituições financeiras ao sistema de pagamentos e é uma das 9 empresas autorizadas no país para essa função.

Fonte por: Poder 360

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.