Taxas de juros projetadas para o futuro aumentam em função do risco percebido em relação ao Brasil

A cobertura jornalística sobre temas políticos e econômicos gerou apreensão em relação ao futuro do país.

21/08/2025 18:09

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Moeda Nacional, Real, Dinheiro, notas de real
Moeda Nacional, Real, Dinheiro, notas de real

Os juros das DIs subiram nesta quinta-feira (21), com maiores avanços nos contratos com prazos mais longos, devido ao aumento da percepção de risco sobre o Brasil em decorrência de notícias políticas e econômicas que geraram incertezas no país.

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A taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2027 situava-se em 14,085%, em comparação com 14,033% na sessão anterior. A taxa para janeiro de 2028 registrava 13,43%, em relação a 13,359%.

Os contratos de longo prazo apresentavam uma taxa de 13,77% para janeiro de 2031, um aumento de 13 pontos-base em relação aos 13,637% do ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2033 era de 13,92%, com um acréscimo de 14 pontos em relação aos 13,781%.

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Investidores expressaram apreensão em relação ao impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos, sobretudo após uma decisão judicial do ministro Flávio Dino, do STF, que intensificou a percepção de deterioração nas relações entre os dois países.

O ministro Dino determinou que cidadãos brasileiros não podem ser afetados por leis estrangeiras relativas a atos praticados no Brasil, o que implica que Alexandre de Moraes não estará sujeito às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos.

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Analistas consideram que a decisão de Dino complicou os esforços do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para negociar a taxa de 50% imposta pelos Estados Unidos, e temem que uma reação americana possa impactar as operações de instituições financeiras nacionais.

Adicionalmente à questão comercial, outras notícias divulgadas nesta quinta-feira impactaram o mercado interno. Inicialmente, uma pesquisa Genial/Quaest revelou que Lula liderava todos os cenários eleitorais do primeiro turno para 2026, consolidando sua vantagem sobre os concorrentes no segundo turno.

Espera-se que um novo mandato presidencial acentue a fragilidade da trajetória fiscal do país, diante de incertezas acerca do compromisso de Lula com o controle das finanças públicas.

Parlamentares voltaram a manifestar preocupação com o projeto do governo que concede isenção do Imposto de Renda para contribuintes com renda limitada a R$ 5.000. Anteriormente, a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência da proposta por unanimidade.

O mercado reagiu negativamente a declarações de Lula sobre a aprovação do envio ao Congresso de um projeto de lei que prevê a distribuição gratuita de gás de cozinha para 15,5 milhões de famílias, sob a gestão do governo federal.

O cenário atual é marcado por aspectos locais. Todas as informações são relativamente antigas, porém a precificação (dos valores futuros) apresentou resultados favoráveis. Em seguida, foram realizadas correções de grande porte, com base na retomada das preocupações.

Apesar de ter permanecido em segundo plano nesta situação, o cenário externo representou um novo fator para o aumento das taxas das DIs, acompanhando os ganhos dos rendimentos dos títulos do Tesouro. O rendimento do título do Tesouro de dois anos – que reflete as expectativas sobre as taxas de juros de curto prazo – subiu 5 pontos-base, atingindo 3,792%.

Os mercados globais esperam com atenção o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio econômico de Jackson Hole, evento organizado pelo banco central dos EUA, na sexta-feira (22), em busca de informações sobre os próximos passos da política monetária americana.

Operadores diminuíram nesta quinta-feira as apostas de que o Federal Reserve retomará os cortes na taxa de juros em sua próxima reunião, em setembro. Atualmente, dados da LSEG indicam 70% de probabilidade de uma redução de 0,25 ponto percentual, em comparação com 84% no dia anterior.

Agentes ficaram surpresos com uma pesquisa PMI, divulgada pela S&P Global, que revelou que o setor industrial dos EUA deixou a área de contração e iniciou um período de expansão em agosto, o que apontou pela resiliência da maior economia do mundo e elevou os rendimentos dos títulos do país.

Fonte por: CNN Brasil

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