Taxas de juros futuras diminuem após indicadores de inflação nos EUA
Os preços para o consumidor permaneceram alinhados com o esperado e as chances de uma redução na taxa de juros pelo banco central dos Estados Unidos sub…
As taxas das DIs registraram queda significativa nesta terça-feira (12), com descidas notáveis nos contratos de menor duração, devido à reação dos investidores à consolidação das expectativas de redução da taxa de juros pelo Federal Reserve, após dados de inflação moderados nos Estados Unidos.
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Por volta do final da tarde, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2027 era de 13,97%, com redução de 11 pontos-base em relação à variação de 14,079% na sessão anterior. A taxa para janeiro de 2028 indicava 13,21%, com declínio de 10 pontos em relação à atualização de 13,314%.
Os contratos de longo prazo apresentavam uma taxa de 13,36%, em comparação com 13,402% na taxa de ajuste anterior, para o contrato de janeiro de 2031, e uma taxa de 13,5%, em relação a 13,521% para o contrato de janeiro de 2033.
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O ponto central da reunião foi o relatório de inflação ao consumidor nos EUA, que indicou um aumento de 0,2% em julho em comparação com o mês anterior, conforme esperado por analistas da Reuters e inferior ao crescimento de 0,3% em junho. Em 12 meses, o índice permaneceu em 2,7%.
Operadores financeiros consideraram que os dados da inflação demonstraram impacto ainda restrito das tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre os preços.
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Os dados, juntamente com números fracos para o emprego em julho divulgados anteriormente, reforçaram as expectativas de que o banco central dos EUA terá margem para reduzir as taxas de juros já no próximo encontro, em setembro, conforme dados da LSEG, com mais uma queda prevista para dezembro.
O relatório era altamente esperado pelos investidores e veio em linha com as expectativas, demonstrando que a ausência de surpresas negativas em relação à inflação mantém as apostas de cortes de juros pelos investidores, afirmou Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
O título do Treasury de dois anos, que indica as expectativas para as taxas de juros de curto prazo, recuou 2 pontos-base, atingindo 3,731%.
Com os possíveis cortes de juros pelo Fed, o Banco Central também deveria ter mais margem para diminuir a taxa Selic, o que gerava quedas nas taxas de juros de prazos mais curtos.
Outro fator positivo para o movimento foi a divulgação pelo IBGE de dados do IPCA de julho, que apresentaram queda abaixo do projetado tanto na variação mensal, de 0,26%, quanto na taxa anual, de 5,23%.
A inflação permanece distante da meta estabelecida pelo Banco Central – 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual –, porém apresenta sinais de moderação, o que, aliada à ancoragem das expectativas e à desaceleração da economia, pode possibilitar um ajuste na taxa de juros no futuro.
O interesse nos dados econômicos do dia minimizou em parte a persistente disputa comercial entre Brasil e Estados Unidos, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar na segunda-feira (11) que uma reunião previamente agendada com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, para tratar da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi cancelada, sendo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) apontado como responsável.
Espera-se que o governo anuncie, ainda nesta semana, um plano de contingência para empresas impactadas pela taxação dos Estados Unidos.
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Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.












