Atualmente, o banco mantém a previsão de crescimento de 2,2% para o Produto Interno Bruto no ano de 2025 e de avanço de 1,5% para 2026.
O Itaú Unibanco estima que, caso as tarifas de 50% aplicadas aos Estados Unidos entrem em vigor a partir de 1º de agosto de 2025, a consequência para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) será uma redução de 0,2 a 0,6 ponto percentual em 12 meses.
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De acordo com o banco, essas estimativas apresentam alto grau de incerteza. Isso ocorre devido à possibilidade de variações em relação a hipóteses de realocação do comércio dos produtos tributados para outros destinos e de eventuais retaliações, razão pela qual a instituição optou por não incluir em seu cenário base neste momento.
A Itaú mantém sua projeção de alta de 2,2% para o PIB em 2025 e de avanço de 1,5% para 2026, conforme relatório divulgado nesta manhã, assinado pelo economista-chefe Mario Mesquita.
Com as manutenções realizadas, o balanço de riscos foi revisado de “neutro para baixista”, considerando os dados de atividade mais fracos observados no segundo trimestre do ano e os potenciais impactos sobre o crescimento diante da imposição das tarifas.
Em relação ao PIB do segundo trimestre, o Itaú afirma que a expectativa de expansão de 0,5% na margem e de crescimento de 2,4% no confronto anual apresenta vieses de baixa.
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Em maio, o setor de transformação registrou sua segunda queda sucessiva, ao passo que o varejo diversificado, excluindo o supermercado, manteve a estabilidade após uma significativa redução em abril.
Ademais, o indicador diário de atividade (IDAT – Atividade) também evidenciou um desempenho aquém do esperado em junho, notadamente o declínio anual do setor de serviços (o primeiro desde outubro de 2023) e a redução dos ativos sensíveis à renda.
O Itaú ressalta, no entanto, que, apesar do desempenho aquém do esperado no segundo trimestre e do risco decorrente das tarifas, existem elementos que podem estimular a atividade econômica nos seis meses finais de 2025.
A liberação dos precatórios, concentrada em julho, e a aceleração nas concessões do novo consignado privado têm potencial para estimular o consumo na segunda metade do ano, compensando parcialmente o desempenho fraco do início do período.
Em relação à projeção para o PIB de 2026, o Itaú também afirma que continua monitorando a possibilidade de implementação de políticas fiscais e parafiscais contraciclicas, que poderiam ser adotadas para mitigar uma eventual desaceleração da atividade econômica no próximo ano.
O Itaú projeta uma taxa de desemprego de 6,4% para 2025 e 7,9% para 2026. Os dados de curto prazo reforçam a expectativa de que o mercado de trabalho deve permanecer resiliente no curto prazo, impulsionado principalmente pelo setor formal.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.