O aumento da tensão diplomática, caso resulte em novas sanções, dificultaria significativamente o comércio entre os países; o Brasil enfrentaria desafio…
O aumento ainda maior das tarifas americanas sobre produtos brasileiros pode significar o fim das exportações do Brasil para os Estados Unidos, alerta José Ronaldo de Castro, do IBMEC.
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A providência, que tem sido considerada como possível nova penalidade do governo Trump em relação ao país, causaria um impacto destrutivo nas relações comerciais entre os dois países.
Conforme Castro, mesmo que algumas exportações específicas persistam, a situação seria praticamente inviável para a grande maioria dos setores. “Nossas exportações para os Estados Unidos têm uma pauta mais diversificada, com boa parte provenha da indústria de transformação, incluindo produtos elaborados como aviões”, explica o economista.
José Ronaldo destaca que localizar mercados alternativos para mitigar uma eventual ausência dos Estados Unidos representaria um desafio considerável. A substituição seria viável apenas em parte e no médio a longo prazo, em razão dos problemas de competitividade da indústria brasileira e das características específicas do comércio bilateral.
Castro também ressalta a dependência brasileira em relação aos serviços americanos. “Das nossas importações de serviços, cerca de 37% vêm dos Estados Unidos, e das nossas exportações de serviços, mais de 40% são destinadas ao mercado americano”, afirma.
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Além das tarifas, outras possíveis sanções, como o bloqueio de serviços de GPS e satélites americanos, poderiam impactar significativamente todos os segmentos da economia brasileira. O especialista enfatiza que o efeito seria tão abrangente que seria difícil quantificá-lo, influenciando tanto a vida dos cidadãos quanto o desempenho das organizações.
A solução para o impasse, de acordo com Castro, envolve a via diplomática. “Os dois países inevitavelmente perderão com qualquer guerra comercial ou guerra diplomática. A principal questão é quem sofre mais”, analisa, lembrando que, proporcionalmente, o impacto seria maior para o Brasil, já que os Estados Unidos representam um mercado mais relevante para as exportações brasileiras do que o contrário.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.