Tarifas chinesas de 55% sobre carne bovina brasileira geram preocupação no agronegócio. CNA e Abiec buscam minimizar impactos e ajustar exportações.
Entidades que representam o agronegócio no Brasil estão avaliando a decisão da China de impor tarifas adicionais de 55% sobre a carne bovina, caso a cota de importação seja ultrapassada. Em uma nota conjunta da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), o setor expressa suas preocupações.
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A nota destaca que a aplicação das medidas de salvaguarda pela China, em decorrência de uma investigação sobre as importações de carne bovina, altera as condições de acesso ao mercado chinês. Isso exigirá uma reorganização nos fluxos de produção e exportação.
As organizações afirmam que ajustes serão necessários em toda a cadeia, desde a produção até a exportação, para mitigar impactos mais amplos no setor. A Abiec e a CNA se comprometem a monitorar a implementação das medidas e a atuar junto ao Governo Brasileiro e autoridades chinesas para minimizar os danos aos pecuaristas e exportadores brasileiros.
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A Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) manifestou grande preocupação com a nova tarifa, que representa um risco imediato ao desempenho das exportações brasileiras. Desde 2023, o setor de pecuária bovina na China tem enfrentado prejuízos devido a uma combinação de fatores, incluindo o aumento das importações.
As tarifas adicionais ao Brasil só serão aplicadas se as importações chinesas de carne bovina brasileira ultrapassarem a cota de 1,106 milhão de toneladas em 2026. O governo brasileiro está buscando negociar com a China para que, caso outros países não cumpram suas cotas, o Brasil possa assumir essas importações.
O ministro Fávaro afirmou que o Brasil está preparado para atender a demanda e que as negociações com a China ocorrerão ao longo de 2026. Ele também mencionou que o governo federal estava ciente das medidas de salvaguarda devido ao excesso de oferta de carne bovina na China.
O ministro explicou que o Ministério do Comércio da China avaliou as importações de carne bovina de junho de 2024 a junho de 2021 para definir as cotas. O Brasil ficou com uma cota de 1,106 milhão de toneladas, representando 44% do volume total a ser importado pela China com tarifas regulares.
Fávaro minimizou os impactos das tarifas ao Brasil, afirmando que o país está relativamente preparado para enfrentar desafios comerciais. A implementação das novas tarifas está prevista para começar em 1º de janeiro de 2026, e o governo discutirá detalhes sobre como as cotas serão contabilizadas.
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.