Tarcísio solicita contato entre Lula e Trump: “Vai fazer a diferença”

Para Haddad, a declaração do governador é “um tanto ingênua”. Ele afirma que os ministros “não estão conseguindo sequer sentar à mesa para dialogar”.

11/08/2025 17:10

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Tarcísio solicita contato entre Lula e Trump: “Vai fazer a diferença”
(Imagem de reprodução da internet).

Na manhã desta segunda-feira (11), durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) solicitou uma ligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para discutir a questão das tarifas sobre produtos brasileiros, que entraram em vigor em 6 de agosto.

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Quantas reuniões de alto nível ocorrerão no Departamento de Estado? Quantas vezes haverá a ligação entre o presidente brasileiro e o presidente americano? É isso que vai fazer a diferença. Para que se mostrem e apresentem os argumentos, afirmou o governador.

Tarcísio declarou manter-se contrário à Lei da Reciprocidade, regulamentada por Lula em 15 de julho, considerando-a uma reação às tarifas econômicas impostas ao Brasil de forma unilateral, conforme anunciado por Trump em 9 do mesmo mês.

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O decreto do governo brasileiro possibilita a interrupção de licenças comerciais, de investimentos e das obrigações relacionadas a direitos de propriedade intelectual em face de medidas isoladas de países ou blocos econômicos que comprometam sua competitividade no mercado internacional.

Para Tarcísio, a lei é aquele tipo de instrumento que se possui, mas não se utiliza, pois não funciona quando se trata de uma economia que é 15 vezes maior que a nossa. Assim, é necessário ir à mesa de negociação.

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Haddad retrucou ao governador.

Após a manifestação de Tarcísio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou à Globonews que a afirmação do governador de São Paulo é “um tanto ingênua”.

A declaração do governador é, no mínimo, um tanto ingênua. Talvez alguém que ainda não tenha experiência em Relações Internacionais. Não funciona daquela maneira. Quando dois chefes de Estado conversam, há preparação, prévia para que o encontro, o telefonema, resulte nas melhores condições de negociação para os dois países.

Quando você, três ministros, Itamaraty, Fazenda e Desenvolvimento, não conseguem sequer sentar à mesa para dialogar, quando você encontra esse tipo de resistência em função da atuação de pseudobrasileiros em Washington, eu penso que o governador está sendo um pouco ingênuo de imaginar que esse telefone é a chave… Mas não é, continuou o ministro.

Fonte por: CNN Brasil

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.