Tarcísio e Alckmin descartam anistia a golpistas: “É inaceitável”

O vice-presidente declarou que a democracia compõe a identidade nacional.

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(Imagem de reprodução da internet).

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) declarou, na sexta-feira 5, ser improcedente debater um benefício aos condenados por ações golpistas. “O indulto é golpismo de marcha lenta”, afirmou o peixebista, que também é ministro da Indústria e Comércio, após participar do leilão de concessão das obras do túnel submerso entre Santos e Guarujá, no litoral paulista.

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, esteve presente no evento e passou a última semana em Brasília articulando a votação do projeto que anistia os responsáveis pela depredação na Praça dos Três Poderes e pode livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu pela tentativa de golpe em 2022.

Ao jornalistas, Alckmin declarou que a democracia é parte da identidade nacional, lembrando que foi a mobilização popular responsável por interromper períodos autoritários no país. “O Brasil tem amor à liberdade, à democracia. Quem derrubou o Estado Novo, quem acabou com a ditadura nas ruas, com as eleições, foi o povo. Está na índole do povo brasileiro a democracia. É preciso fortalecê-la.”

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O vice-presidente reiterou que o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal não deve ser utilizado como pretexto para a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos. Em agosto, Donald Trump anunciou a taxa adicional em retaliação ao avanço do processo judicial contra o ex-capitão e seus aliados.

“Sentimos tristeza ao observar pessoas atuando em oposição ao emprego, às empresas brasileiras, à nossa economia e, o pior, ainda utilizando recursos públicos”, declarou Alckmin, em referência às articulações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “O julgamento no STF não tem relação com questões políticas regulatórias.”

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Alckmin comparou a tentativa dos Estados Unidos de influenciar o caso de Bolsonaro a uma situação inversa. “Imagine o seguinte: a Suprema Corte americana abre um processo contra Barack Obama. Aí nós, brasileiros, não gostamos e vamos lá e aumentamos a tarifa. Não tem justificativa para isso”.

De acordo com o ministro de Lula, ainda que haja uma diminuição das exportações para os Estados Unidos após o início da tarifação, o comércio exterior brasileiro permanece em alta. “As exportações estão crescendo, não estão caindo. Caíram para os EUA, mas nosso trabalho é reduzir essa tarifa”.

A imprensa informou que o governo está promovendo uma grande mobilização para combater o impacto econômico da decisão dos Estados Unidos. “Nós queremos somar esforços para resolver esse problema. Governadores e parlamentares foram aos EUA para conversar com as autoridades americanas. É nesse caminho que vamos atuar”, declarou Alckmin.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.

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