Tarcísio defende que etanol não deve ser negociado com os EUA: “Precisamos proteger essa reserva”

“Governador de SP destaca a importância de proteger reserva estratégica; taxa de importação do combustível é de 18%. Confira no Poder360.”

21/10/2025 8:30

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(Imagem de reprodução da internet).

Governador de São Paulo se posiciona sobre etanol nas negociações

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou na segunda-feira (20.out.2025) que o etanol não deve ser incluído nas “mesas de negociação”, referindo-se às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano).

Durante a 25ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, realizada na capital paulista, Tarcísio destacou a importância de proteger as reservas estratégicas do Brasil.

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Defesa do etanol brasileiro

“Vamos fornecer o etanol que vai mover as embarcações. Isso significa que é uma demanda extraordinária e não precisamos fazer concessões daquilo que é reserva estratégica do Brasil”, declarou Tarcísio.

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Ele acrescentou que o etanol não deve ser parte das negociações e que é fundamental proteger essa reserva estratégica, valorizando aqueles que investem em tecnologia e trabalham arduamente no setor.

Reação do setor sucroenergético

A declaração do governador ocorre após a negativa de grandes empresas sucroenergéticas, em conjunto com a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), sobre negociações com o governo federal para reduzir a tarifa de importação de 18% aplicada ao etanol dos EUA.

Em nota, a associação reafirmou sua posição em defesa da previsibilidade regulatória e do respeito às regras internacionais de comércio, fundamentais para a competitividade da bioenergia brasileira.

Tarifas e proteção da indústria nacional

O Brasil impõe tarifas sobre o etanol importado dos EUA para proteger sua indústria nacional, que se baseia na produção de etanol de cana-de-açúcar. Essa medida visa equilibrar a concorrência com o etanol norte-americano, produzido a partir do milho, que entra no mercado brasileiro a preços mais baixos devido a subsídios do governo dos EUA.

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.