O governador de São Paulo reiterou que considera o aumento das tarifas como “deletério” e defende a negociação entre os países.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), retrucou a crítica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmando que ele deveria “falar menos e trabalhar mais”.
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“Primeiro, acho que ele [Haddad] deve cuidar da economia, não? Se ele cuidasse da economia ele estaria indo bem. O Brasil não está indo bem, temos uma agenda fiscal tão relevante então acho que cabe a ele falar menos e trabalhar mais”, disse Tarcísio durante uma agenda na linha Laranja do metrô de São Paulo.
O pronunciamento se segue à crítica do aliado de Lula, que imputou ao governador paulista a responsabilidade pela decisão dos Estados Unidos de taxar em 50% os produtos brasileiros.
Para Haddad, a declaração de Tarcísio representa um “tiro no pé”, já que a taxação vai afetar a produção do estado de São Paulo, como os aviões.
Durante a entrevista, o ministro ainda classificou a atitude do governador de São Paulo como “vassalagem”.
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Em coletiva nesta manhã, Tarcísio declarou que considera o tarifário “defetoso” e defendeu a negociação entre os países.
É necessário, obviamente, sentarmos à mesa, abandonando as questões ideológicas, as questões políticas, os revanchismos, as narrativas e trabalhando. É preciso agora estabelecer uma mesa de negociação”.
Tarcísio declarou que as tarifas implementadas por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, causam um “impacto negativo”, considerando que o estado “é um grande exportador”.
A principal origem de exportações industriais no estado de São Paulo são os Estados Unidos, sendo, portanto, prejudicial a perda de empresas relevantes, como a Embraer, que tem perdido grandes contratos ultimamente.
O governador afirmou também que já realizou “a sua parte” ao entrar em contato com a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e que, agora, compete ao Governo Federal solucionar o impasse.
Já estamos conversando com a Embaixada, mas obviamente, o esforço diplomático agora compete ao governo federal. Caberá a ele se sentar à mesa, negociar e solucionar e indicar um rumo”, afirmou Tarcísio.
Já iniciei minhas conversas com a Embaixada dos Estados Unidos, com o encarregado de negócios dos Estados Unidos, e muita gente já está conversando com o governo federal também. Acredito que pegou todo mundo de surpresa, as empresas americanas também, porque não é bom para eles também, não é bom para ninguém.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.