Talibã restringe o acesso à internet no norte do Afeganistão “para combater a imoralidade”
Organizações manifestaram preocupação em relação à pornografia e ao flerte entre homens e mulheres.
O governo do Talibã anunciou na quarta-feira (17) a proibição da internet em uma área do norte do Afeganistão, “para evitar práticas antiéticas”, de acordo com comunicados do governo provincial.
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O movimento islâmico já manifestava preocupação com a pornografia e o contato sexual online entre homens e mulheres.
É a primeira restrição desse gênero desde que o Talibã tomou o poder no Afeganistão em 2021, apesar de ter anunciado outras medidas, incluindo a proibição de meninas estudarem no ensino médio e de mulheres trabalharem em várias áreas.
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A restrição se aplica às cinco províncias — Kunduz, Badakhshan, Baghlan, Takhar e Balkh — que concentram os principais núcleos populacionais da região norte do país.
As autoridades informaram que a restrição se aplica a todas as conexões de internet por fibra óptica, ao mesmo tempo em que esclareceram que o acesso à internet por meio de dados de celular estará disponível.
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Todas as conexões foram interrompidas, conforme comunicado das províncias.
A decisão foi adotada para evitar condutas antiéticas, sendo que uma solução alternativa será disponibilizada para demandas urgentes.
A interrupção da fibra óptica causa a falta de conexão com a internet em escritórios, residências e demais organizações.
Zalmay Khalilzad, ex-embaixador dos EUA no Afeganistão, declarou que a proibição era absurda.
Se a pornografia for realmente uma preocupação, como em muitos países islâmicos, ela pode ser facilmente filtrada. Muitos países do mundo islâmico fazem exatamente isso, afirmou ele.
O Talibã formalizou um extenso conjunto de normas que estabelecem a moralidade, abrangendo desde o requisito de que as mulheres cubram o rosto e os homens deixem a barba crescer até a proibição de motoristas ouvirem música.
As restrições impostas ao grupo das mulheres e a falta de liberdade de expressão têm gerado críticas de organizações de direitos humanos e de diversos governos estrangeiros.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.












