Taiwan realiza simulação de ataque chinês com sirenes e alertas

O treinamento de pessoal fortalece a prontidão da defesa civil e militar diante das acentuadas tensões com a China.

18/07/2025 0:11

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Taiwan realiza simulação de ataque chinês com sirenes e alertas
(Imagem de reprodução da internet).

A Taiwan conduziu na quinta-feira (17.jul.2025) um exercício de simulação de ataque chinês, com o uso de sirenes e envio de mensagens de alerta para os telefones celulares da população. A atividade integra os treinamentos anuais do país, que foram aprimorados devido ao aumento das tensões com a China.

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Às 13h30 (horário local), sirenes tocaram em Taiwan e todos os celulares enviaram uma mensagem alertando sobre um ataque de mísseis: “O inimigo lançou um ataque de mísseis em direção ao norte de Taiwan”. Nos minutos seguintes, os cidadãos foram aos abrigos designados, conforme informações do Guardian.

Ao discursar, o presidente taiwanês, Lai Ching-te, afirmou que, ao contrário, as democracias focam na preparação da população para garantir a manutenção da paz, durante que regimes autoritários demonstram agressividade.

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Segundo Lai, os exercícios desta 5ª feira (17.jul) apresentaram cenários realistas e improvisados, além de maior participação civil, “porque uma Taiwan mais bem preparada é uma Taiwan mais segura e resiliente”, concluiu.

Este exercício adquiriu importância considerando as ameaças da China de incorporar Taiwan, inclusive por meio da força, quando necessário. Adicionalmente, conflitos internacionais, como o da Ucrânia, elevaram a gravidade dos cenários.

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Lai, que tomou posse em maio de 2024, continuou a política de fortalecer as forças armadas, reforçar a defesa civil e endurecer as leis contra agressões chinesas.

Em Xiamen, veículos ficaram parados e moradores foram encaminhados às estações de metrô. A simulação também ocorreu em escolas e outros locais de Taiwan, com a maior mobilização de reservistas da história do país, além de 52 mil voluntários treinados como socorristas.

Taiwan possui aproximadamente 100 mil abrigos contra ataques aéreos, embora haja incerteza sobre a adequação de muitos deles. O governo pretende que estabelecimentos comerciais de conveniência atuem como centros de apoio durante conflitos, e táxis estão sendo treinados para compor uma força policial voluntária.

A China, por sua vez, tem aumentado suas ações em torno da zona de defesa aérea de Taiwan, em retaliação aos exercícios militares simulados.

O chefe do executivo declarou que os treinamentos buscam garantir a segurança do país contra ameaças externas, e especialistas ressaltam a relevância dessa nova estratégia de preparação civil.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.