Taiwan inicia manobra militar em resposta a ameaça de ataque da China

Taiwan iniciou nesta quarta-feira (9.jul.2025) os maiores exercícios militares de sua história, simulando ataques aos sistemas de comando e infraestrutura em preparação para um possível cenário de invasão chinesa.

Os exercícios anuais Han Kuang mobilizam 22.000 reservistas e, pela primeira vez, utilizam mísseis desenvolvidos internamente. As fases iniciais concentram-se em avaliar como as Forças Armadas podem descentralizar o comando em caso de ataque aos sistemas de comunicação.

De acordo com informações da Reuters, nos próximos 10 dias, o treinamento se ampliará para avaliar a prontidão de combate contra uma tentativa de tomada total da ilha.

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Os exercícios foram planejados com base em experiências internacionais recentes. As manobras militares se estenderão pelos próximos dias, abrangendo operações de 24 horas com Exército, Marinha e Força Aérea para defender a costa da Taiwan.

A população civil participará de ações de defesa civil, incluindo a formação de postos de abastecimento de emergência e o emprego dos abrigos subterrâneos recentemente expandidos.

As operações estão distribuídas em diversos pontos estratégicos da ilha, visando simular uma defesa contra uma invasão em grande escala.

O Ministério da Defesa comunicou que até as 6h, Taiwan identificou 31 incursões de aeronaves chinesas e 7 navios. Desses aviões, 24 atravessaram a linha mediana, a barreira não oficial entre os dois lados.

Os chefes de equipe devem considerar os desafios que seus subordinados podem encontrar e comunicá-los a eles, afirmou um alto funcionário da defesa taiwanesa.

Taiwan avalia os ataques cibernéticos e as campanhas de desinformação como ações de “zona cinzenta” de alta intensidade, que provavelmente antecipariam um ataque chinês mais abrangente.

A China argumenta

O Ministério da Defesa da China declarou que os exercícios militares Han Kuang de Taiwan são apenas um “blefe”.

A China declarou que Taiwan não pode resistir à espada afiada do Exército de Libertação Popular, independentemente das armas utilizadas, conforme afirmou o porta-voz do ministério, Jiang Bin, segundo a emissora estatal CCTV (China Central Television).

Fonte por: Poder 360