Swatch apresenta relógio que critica tarifas impostas por Trump a produtos suíços
Empresa suíça de relógios apresenta modelo que reverte os dígitos 3 e 9 como manifestação contra os elevados encargos cobrados pelo governo americano so…

A Swatch responde às tarifas de 39% impostas pelos Estados Unidos a um relógio que apresenta os números 3 e 9 em ordem inversa no mostrador.
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O relógio inovador, denominado “E se… tarifas?”, foi inspirado nos “eventos atuais que se desenrolam no mundo de hoje”, conforme indicado na descrição do site. A Swatch comenta que o novo relógio é “esperançosamente apenas uma edição limitada”.
A disposição dos algarismos 3 e 9 no mostrador faz uma alusão discreta ao número 39, afirma a publicação.
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Em conjunto com o sinal de porcentagem presente na tampa da bateria, essa inversão remete às taxas norte-americanas aplicadas à Suíça e à narrativa mais aprofundada incorporada no projeto do relógio.
O relógio está disponível somente na Suíça, e, por isso, não estará sujeito às taxas de 39%, uma das mais elevadas impostas a um país europeu pelo presidente Donald Trump.
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Um porta-voz da Swatch afirmou à CNN que o relógio é uma “provocação positiva”, e a marca cessará suas vendas quando um acordo for firmado entre os Estados Unidos e a Suíça. A empresa informou que a procura está “tão elevada que estamos produzindo a todo vapor”.
“É necessário despertar nosso governo, que parece ter negligenciado essa questão”, declarou a Swatch em um comunicado.
A sua provocação tem uma base sólida: os Estados Unidos representam o principal mercado consumidor de relógios suíços, com vendas que atingiram US$ 5,4 bilhões em 2024, conforme informações da Federação da Indústria Relojoeira Suíça.
A Suíça manifestou choque diante das tarifas elevadíssimas, conforme noticiado pela mídia local no mês passado, e seus gestores ainda estão avaliando como aprimorar o relacionamento com o governo Trump.
A Rolex, outra empresa suíça relevante e produtora de relógios de luxo, também tem buscado aprimorar os laços suíço-americanos. A companhia convidou Trump para seu camarote para assistir à final masculina do US Open no último domingo, onde ele foi recebido com reações diversas.
O Secretário do Comércio Howard Lutnick afirmou em uma entrevista na quinta-feira que “provavelmente conseguirá formalizar um acordo”, sem apresentar um prazo.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.