Susie Wiles, chefe de gabinete de Donald Trump, faz revelações polêmicas sobre o presidente e seus aliados em entrevistas à Vanity Fair, gerando controvérsia
Susie Wiles, chefe de gabinete de Donald Trump, fez declarações polêmicas em entrevistas à Vanity Fair. Ela discutiu a agenda do presidente e mencionou alguns de seus aliados mais próximos. Em mais de dez entrevistas, Wiles revelou como é trabalhar para Trump, descrevendo-o como alguém que “tem a personalidade de um alcoólatra”, apesar de sua sobriedade.
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Segundo Wiles, Trump governa com a crença de que “não há nada que ele não possa fazer”. Ela observou que “alcoólatras de alto desempenho exageram sua personalidade quando bebem”, e se considerou uma “especialista em personalidades fortes”.
O artigo destaca que ela cresceu com um pai alcoólatra, o comentarista esportivo Pat Summerall.
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Durante as entrevistas, Wiles admitiu que pode haver “um elemento” de retaliação política nos processos que Trump move contra seus adversários. Ela comentou que as pessoas podem ver isso como vingança, e que não sabe por que não deveriam pensar assim. “Quando a oportunidade surge, ele a aproveita”, acrescentou.
A chefe de gabinete tentou convencer Trump a encerrar seu “acerto de contas” nos primeiros 90 dias de seu segundo mandato, mas reconheceu que não teve sucesso. Trump continuou a pressionar por processos judiciais, motivado em parte por um desejo de vingança.
Sobre as alegações de fraude hipotecária contra a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, Wiles afirmou que essa poderia ser “a única vingança possível”.
Wiles também se pronunciou sobre vários aliados de Trump. Em relação ao vice-presidente JD Vance, ela o descreveu como um teórico da conspiração e sugeriu que sua transição de crítico a aliado foi “de certa forma política”. Sobre Elon Musk, Wiles o chamou de “um cara excêntrico” e criticou sua decisão de desmantelar a Usaid, que a deixou “horrorizada”.
Referente à procuradora-geral Pam Bondi, Wiles afirmou que ela “falhou completamente” na condução dos arquivos de Epstein, mencionando que Bondi distribuiu pastas vazias e não tinha uma lista de clientes. Wiles também descreveu Russell Vought, diretor do Escritório de Administração e Orçamento, como “um fanático de direita absoluto”.
Wiles expressou preocupações sobre algumas políticas de Trump. Em relação às deportações, ela sugeriu que o governo deveria “observar mais atentamente” para evitar erros. Sobre a situação na Venezuela, destacou que pessoas mais inteligentes que ela acreditam que Trump desistirá de ações mais agressivas.
Ela reconheceu que Trump precisaria de autorização do Congresso para realizar ataques contra a Venezuela, o que, segundo ela, poderia ocorrer “em breve”. Em relação ao ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, Wiles insistiu para que Trump não perdoasse os manifestantes mais violentos, ressaltando que essa foi uma “grande divergência” entre seus assessores.
Wiles também expressou o desejo de que Trump se concentrasse mais na economia e menos na Arábia Saudita, além de comentar sobre possíveis sucessores, como Vance e o Secretário de Estado Marco Rubio, que apoiaram Trump após inicialmente se oporem a ele.
A CNN entrou em contato com a Casa Branca e aguarda retorno.
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.