Supremo Tribunal Federal: Garnier deverá responder a todas as questões na ação do plano de golpe

O ex-chefe do Estado-Maior da Marinha será o primeiro a ser ouvido na sessão de hoje, terça-feira (10), com início às 9h.

10/06/2025 8:33

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Supremo Tribunal Federal: Garnier deverá responder a todas as questões na ação do plano de golpe
(Imagem de reprodução da internet).

O ex-comandante da Marinha Al Garnier declarou que prestará todas as respostas durante o depoimento de terça-feira (10) no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

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O advogado Demésthenes Torres afirma que Garnier está disposto a responder às perguntas e não pretende usar o direito ao silêncio na sessão, que começará às 9h desta terça-feira.

Garnier, como réu no processo, possui o direito de guardar-se em silêncio e de não produzir provas em sua defesa, conforme assegura a Constituição Federal.

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O juiz Garnier será ouvido inicialmente na audiência. Ele será questionado pelo relator da ação, ministro Alexandre de Moraes; pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet; e pelos advogados de defesa dos demais réus.

Início da primeira etapa de questionamento.

O Supremo Tribunal Federal retomou na segunda-feira (9) os depoimentos dos acusados do denominado “núcleo crucial” do processo penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado.

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O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, foi o primeiro a depor como delator no processo. Em seu depoimento, ele confirmou ao ministro Alexandre de Moraes as intenções golpistas de Garnier em relação a um incômodo do então comandante do Exército Freire Gomes com o então chefe da Marinha.

O general Freire Gomes estava bastante irritado, pois o almirante Garnier havia disponibilizado as tropas da Marinha para o presidente, porém ele só poderia agir com o apoio do Exército. Assim, o general Freire Gomes ficou descontente por terem transferido a responsabilidade para ele, declarou o delator.

Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin, também foi ouvido na segunda-feira. Ele aproveitou o momento do interrogatório para se defender, negando que a Abin, durante sua gestão, buscasse fraude nas urnas eletrônicas. Ele afirmou que a agência nunca foi utilizada para monitorar autoridades.

O ex-diretor-geral afirma que a Polícia Federal (PF) mencionou incorretamente o sistema de geolocalização israelense First Mile em relatório, buscando vinculá-lo ao suposto plano de golpe no país.

Oito réus

O Plenário do STF destinou os cinco dias da semana para as sustentações orais. Serão ouvidos oito réus.

Fonte por: CNN Brasil

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.