Suprema Corte rejeita recurso de Ghislaine Maxwell em caso Epstein

Tribunal rejeita proteção a Ghislaine Maxwell via acordo com autoridades federais, em decisão polêmica.

06/10/2025 22:17

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Ghislaine Maxwell Recusa Recurso na Suprema Corte dos EUA

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira (6) não analisar o recurso de Ghislaine Maxwell, ex-namorada e cúmplice de Jeffrey Epstein. O tribunal rejeitou o argumento de que ela deveria ter sido protegida contra processos através de um acordo de confissão de culpa estabelecido pelo financista com as autoridades federais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Maxwell foi condenada a 20 anos de prisão federal em 2022 por sua participação em um esquema com Epstein para o aliciamento e abuso sexual de menores de idade. A decisão judicial representa um revés no esforço de sua defesa.

Em seu recurso à Suprema Corte, apresentado em abril, Maxwell alegou que deveria ter sido protegida por um acordo de não acusação que Epstein havia feito. No entanto, ela foi posteriormente acusada por promotores em Nova York, levando à sua condenação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O advogado David Oscar Markus expressou a decepção da equipe de Maxwell com a decisão da Suprema Corte. Apesar da recusa em ouvir o caso, ele enfatizou que “esta luta não acabou” e que “sérias questões jurídicas e factuais permanecem”. A equipe continuará buscando todos os meios disponíveis para garantir que a justiça seja feita.

O 2º Tribunal de Apelações dos EUA, sediado em Nova York, já havia decidido contra Maxwell, concluindo que o acordo feito com os promotores na Flórida não vinculava as autoridades de Nova York. A divergência nas abordagens dos tribunais de apelação em relação à validade de um acordo de não acusação com os Estados Unidos foi um ponto central do debate.

Leia também:

Jeffrey Epstein se declarou culpado em 2008 de acusações estaduais sobre prostituição e foi indiciado por acusações federais de tráfico sexual em julho de 2019, mas cometeu suicídio na prisão um mês depois. O caso continua a gerar debates e pedidos por maior transparência.

Alguns republicanos e apoiadores do presidente Donald Trump têm solicitado mais transparência no caso Epstein. Recentemente, o Comitê de Supervisão da Câmara divulgou milhares de páginas de registros do caso, incluindo uma nota com o nome de Trump que fazia parte de uma coleção de cartas presenteadas ao falecido criminoso sexual em seu 50º aniversário. O presidente negou ter escrito a carta.

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.