Suprema Corte decide que homem que chamou Moraes de “satanista” é réu
Glaudiston da Silva Cabral foi denunciado por formação de associação criminosa e a prática de incitar atos criminosos; a defesa sustenta que o processo …
A Primeira Turma do STF majoritariamente julgou procedente a denúncia da PGR contra Glaudiston da Silva Cabral, que proferiu críticas e ofensas a ministros da Corte e chamou Alexandre de Moraes de “sacrificador de crianças” e “satanista“.
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O julgamento prossegue no plenário virtual. Moraes é o relator, sendo seu parecer seguido pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Carmen Lúcia, que o consideraram réu. Luiz Fux ainda não votou.
Glaudiston foi acusado de formação de associação criminosa e incitação ao crime. Na sua declaração, Moraes alega que ele incentivou a atuação das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e, com a mesma conduta, incitou a prática de golpe de Estado.
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Todas as investigações referem-se aos mesmos atos criminosos decorrentes da invasão e depredação dos edifícios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal ocorridos em 8/1/2023, sendo evidente a existência de conexão entre as condutas atribuídas a Glaudiston da Silva Cabral nesta denúncia e aquelas investigadas no âmbito mais abrangente dos referidos procedimentos envolvendo investigados com prerrogativa de foro nessa Suprema Corte.
O denunciado ainda acusou em vídeo o ministro Alexandre de Moraes de uma série de fatos, incluindo a prática de “rituais de magia negra com sacrifício de crianças”, além de ameaçar outras autoridades públicas.
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Ele também declara estar farto dessa situação, desse país de covilã, um bando de cidadãos, 210 milhões de brasileiros, aceitando que 11 indivíduos [em referência aos ministros do STF] digam como nós temos que viver.
A DPU (Defensoria Pública da União), que representa Glaudiston, argumentou no processo que o caso não deveria tramitar no STF, além de citar o “óbvio impedimento” de Alexandre de Moraes, justamente pelo caso apurar suposto crime contra a honra do próprio ministro.
A DPU sustenta que a apuração não detalha quais atos concretos foram realizados pelo denunciado que poderiam, em princípio, corresponder aos delitos em questão.
Ademais, a ligação entre os atos de Glaudiston com os fatos de 8 de janeiro de 2023, questionada pela PGR, também é contestada. A defesa aponta casos, presentes na denúncia, de episódios posteriores aos atos antidemocráticos, o que, supostamente, não estabelece conexão entre eles.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.












